Foram emitidos mais de 635 mil cheques-dentista em 2023. Mas muitos não foram utilizados. Saiba quantos

A taxa de utilização de cheques-dentista em 2023 fixou-se em 68%, num investimento superior a 15 milhões de euros, valores superiores a 2022, mas abaixo da meta de utilização de 75% estabelecida pela Direcção-Geral de Saúde (DGS).

 

A DGS revelou em comunicado que o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral «emitiu 635 260 cheques-dentista no ano passado, abrangendo 428.353 utentes», com uma taxa de utilização de 68% e um investimento de 15 117 milhões de euros.

Os valores são superiores aos de 2022, quando foram emitidos 629 991 cheques-dentista e utilizados 415 497, uma taxa de utilização de 67% e um investimento de cerca de 14,5 milhões de euros.

«O número de referenciações emitidas em 2023 para consulta de medicina dentária – 86 170 – foi o mais alto de sempre, tendo sido utilizadas 26 496. Também a referenciação para consultas de higiene oral subiu face a 2022, registando-se 27 527 referenciações e utilizadas 15 293», adiantou a DGS.

O organismo refere ainda que, no último ano, se manteve «a progressiva diminuição dos tratamentos curativos realizados através de cheques-dentista em crianças e jovens dos 7, 10 e 13 anos, com mais de 70% de tratamentos preventivos realizados».

O comunicado avança que «a taxa de tratamentos preventivos realizados no SNS subiu mais de 10% nos últimos seis anos, resultando em ganhos elevados em saúde para a população jovem».

«Com o objectivo de atingir uma taxa de utilização de 75%, a DGS continua a reforçar todas as medidas que permitam simplificar o acesso e utilização do cheque-dentista / referenciação para higienista oral, nomeadamente, através do procedimento, actualmente em curso, para desmaterializar o acesso através de forma digital», lê-se no comunicado.

A DGS recorda que têm acesso aos cheques-dentista as grávidas, as crianças e jovens entre os 2 e os 18 anos, beneficiários do complemento solidário, portadores de VIH/Sida e utentes com lesões suspeitas de cancro oral.

Já para consultas de higiene oral nos centros de saúde são elegíveis as crianças e jovens de 4, 7, 10 e 13 anos.

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