Gestão de Pessoas e Marketing: construir um ponte inevitável no branding organizacional!

A Gestão de Pessoas aporta informações relevantes provenientes do diálogo estabelecido com as pessoas que trabalham na Organização, enquanto que o Marketing traz as informações vindas do público externo. E se aliarmos a Gestão de Pessoas ao Marketing? Em conjunto é possível fazer com que as estratégias de comunicação adotadas sejam cada vez mais eficientes, e eficazes, no designado branding organizacional.

Por António Saraiva, Business Development manager na ISQ Academy

Se por conceções algo antiquadas se parte do princípio que o Marketing traz negócio e a Gestão de Pessoas agrega custo, acaba-se por não se encontrar nem a devida interseção, nem tão pouco como podem resultar, em conjunto, como Valor Acrescentado para a Organização. A verdade é que ambas, procuram, através das suas respetivas valências, obter o comprometimento das Pessoas. Se a primeira tem o foco na construção da reputação junto de parceiros e Clientes, a outra tem como metas aumentar a motivação e a produtividade.

A questão que se coloca é mesmo não encontrarmos semelhanças, mas acima de tudo obtermos complementaridade. Ambas acabam por segmentar os respetivos públicos de maneira diversa, mas com o mesmo objetivo: melhoria de resultados. No fim da linha, resumindo, há um claro acordo: comprometer Pessoas para se obterem mais e melhores resultados.

Uma ajustada Gestão de Pessoas atua sobre as vertentes de valorização, desenvolvimento e reconhecimento das Pessoas de uma dada Organização. E tenta proporcionar um ambiente saudável de relações de forma a que cada Pessoa cresce enquanto profissional. E é nesta linha, que o Marketing se pode, e deve, apropriar desta perspetiva. No fundo, porque o seu foco também são Pessoas. E, em particular, a relação com parceiros de negócio e Clientes. O Marketing tem, na sua base, objetivos de gerar empatia e, também, puxar pelos sentimentos de pertença. E tudo isto exige abertura ao diálogo e transparência comunicacional. Se voltarmos o Marketing para ações internas, de braço dado com a Gestão de Pessoas, certamente o seu contributo é vital para atrair e reter Talento.

Da mesma forma que em Gestão de Pessoas há um claro desenvolvimento do People Analytics, o Marketing, até pela sua já longa experiência de produção e análise de indicadores, está a dar passos muito significativos e sólidos nesta matéria, em particular com o advento do designado Marketing Digital. No fundo, seja Mercado, sejam Pessoas, o que se deseja é acompanhar métricas em tempo real. No fundo, desejamos é verificar dados para (re)definição das melhores estratégias. Até porque se os Clientes estão mais exigentes, também quem gere Pessoas necessita correlações e tomar decisões que não só se revelem estratégicas, mas adequadas às necessidades e competências das equipas.

E como podem estas duas vertentes essenciais de uma Organização unir esforços? Logicamente tudo parte sempre de objetivos bem definidos e um planeamento integrado. Há, pois, que existir partilha do Propósito organizacional. Assim, toda a comunicação é muito mais coerente e, daí, uma imagem corporativa una: seja o público interno, seja o externo. No fundo, é trabalhar por uma unidade de Marca – o designado branding. É neste… employer branding que reside o forte poder transformador de uma Organização, não só para aumentar a produtividade interna e resultados no Mercado. Mas pelos impactos positivos de geração de ideias, autonomia de ação e maior motivação.

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