Gestão de pessoas!

Opinião de Ricardo Florêncio

Director da Revista HR Portugal

Editorial de Julho 2010 da revista HR Portugal

A par das funções básicas e de chorar para comer, gerir pessoas deverá ser provavelmente a tarefa que desempenhamos há mais tempo. Desde muito cedo aprendemos a gerir emoções, expectativas e comportamentos. Na altura com os nossos pais.

Deste modo, quando chegamos à nossa actividade profissional, já temos mais de 20 anos de experiência, o que já faz, de qualquer um de nós, profissionais altamente especializados.

Então por que falhamos tantas vezes?

A gestão de pessoas tem uma amplitude de 360º, em todas as direcções. Numa organização faz-se para cima, para baixo, para o lado, oblíqua, e em diversos degraus da hierarquia. Não esquecendo também os fornecedores, clientes, parceiros e outros.

Temos de gerir a nossa hierarquia, os nossos recursos directos, os nossos recursos indirectos, os nossos iguais na organização, a hierarquia dos nossos iguais, os subordinados dos nossos iguais, enfim, todos.

Todos nós interagimos de um modo, ou de outro, com todos na organização. Seja de modo directo e pessoal, seja de modo indirecto.

Todos nós desenvolvemos emoções, captamos e respondemos às emoções dos outros, geramos expectativas e somos avaliadores das expectativas dos outros, temos comportamentos, avaliamos comportamentos de outros e originamos comportamentos nos outros.

E é nessa complexidade, nesta teia, que temos de aprender a gerir os outros.

Temos de ter a clara consciência do impacto que causamos nos outros, seja através dos nossos comportamentos, acções, palavras, decisões, gestos.

Muitas vezes esquecemo-nos deste “pequeno” detalhe no nosso dia-a-dia e transformamo-nos em aprendizes, quando, para nosso bem, para bem de todos e da nossa sociedade, devíamos ser doutorados, pois nunca nos esqueçamos da assinatura desta nossa revista, “As pessoas fazem a diferença”.

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