Gostava que as ofertas de emprego tivessem o salário? É considerada das coisas mais importantes num anúncio por esta nacionalidade

Na procura de emprego, há vários factores a ter em consideração – os requisitos, os horários ou mesmo a localização. Mas, segundo uma pesquisa recente, uma das coisas mais importantes que os norte-americanos querem que apareça num anúncio de emprego é o salário, noticia a Newsweek.

 

Uma nova sondagem realizada pela Talker Research revelou que 86% dos norte-americanos acham que um anúncio de emprego deveria indicar o salário para a função. Apenas 8% acha que não é um acréscimo necessário.

O inquérito, realizado em Outubro, perguntou a 1000 adultos norte-americanos sobre o que procuram quando se candidatam a um emprego e se não saber o salário proposto é um factor dissuasor.

Os resultados mostram que os Millennials são os mais a favor de anúncios de emprego que listassem o salário do cargo, com 89%, seguidos dos Baby Boomers (85%).

Portanto, embora a maioria dos norte-americanos pense que é importante saber o salário antes de se candidatar, quantas pessoas achariam desanimador se este detalhe fosse omitido?

No geral, 62% das pessoas ainda se candidatariam, mas é mais provável que os mais jovens se sintam dissuadidos se o salário não estiver listado, de acordo com a sondagem. Os dados mostram que 26% da Geração Z não se candidatariam sem saber antecipadamente a remuneração. Em comparação, 17% dos Millennials e 9% dos Boomers disseram que não se candidatariam.

A transparência salarial tornou-se um tema importante de discussão entre os trabalhadores norte-americanos, que querem saber se estão a conseguir um acordo justo. De acordo com o site Hiring Lab, que recolhe dados do mercado de trabalho global, aproximadamente metade das vagas de emprego nos EUA no site Indeed, em Agosto, mencionava informações salariais.

Isto acontece após vários estados no país terem promulgado leis de transparência das faixas salariais, como a Califórnia, Nova Iorque, Washington e Colorado, enquanto outros estão a considerar a introdução de tais leis. O objectivo é exigir que os empregadores divulguem a faixa salarial a todos os candidatos seja no anúncio, durante o processo de contratação ou mediante solicitação.

A força de trabalho moderna é composta por pessoas experientes que «conhecem o seu valor», diz Ashley Ward, fundadora e CEO da W Talent Solutions, uma empresa de recrutamento de executivos e estratégia de talento.

E referiu à Newsweek que os profissionais têm uma compreensão clara do que querem de um trabalho e são menos propensos a contentar-se se não houver alinhamento nesse sentido. Ashley Ward sugeriu que se os trabalhadores não puderem ver o salário antecipadamente, sem dúvida que «evitarão investir tempo» no processo de candidatura.

«Os trabalhadores estão a tornar-se mais intencionais na procura de funções que se alinhem com os seus valores, expectativas de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e necessidades de remuneração.»

«Esta mudança não é apenas sobre salário, mas também sobre confiança. Quando as empresas são transparentes em relação à remuneração, isso cria confiança e prepara o terreno para um processo de contratação mais aberto e respeitador», acrescentou.

Embora muitos candidatos considerem necessário saber o salário antes de se candidatarem, Peter Franks, headhunter executivo da Neon River, referiu que este pode ser «um equilíbrio difícil» para os empregadores. Se não fornecerem informações suficientes sobre o salário, isso poderá dissuadir os candidatos. Em contraste, demasiada informação poderia elevar o valor de referência daquilo que as pessoas esperam.

Franks disse à Newsweek: «Os empregadores precisam de ter cuidado ao publicar uma faixa salarial, pois alguns candidatos assumirão que valem o máximo dessa faixa. Ao publicar uma faixa salarial num anúncio de emprego, recomendo sempre que acrescente uma advertência dizendo que dependerá sempre da experiência do candidato seleccionado.»

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