Governo está a “ponderar” novo travão na actualização das rendas para 2024. Caso contrário, veja quanto podem subir

Devido à inflação, as rendas podem subir quase 7% em 2024. O primeiro-ministro já garantiu que quer encontrar uma solução equilibrada para senhorios e inquilinos, avança o idealista.

 

O Instituto Nacional de Estatística revelou que, tendo em conta a variação média dos últimos 12 meses do Índice de Preços no Consumidor (IPC), heverá uma subida em 6,9% do valor das rendas para o próximo ano.

Se os valores subirem de acordo com este coeficiente anual de actualização das rendas, tal como diz o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), passariam a ser os seguintes:

  • uma renda de 300 euros em 2023 passaria para 320,82 euros;
  • uma renda de 400 euros ficaria em 427,8 euros;
  • uma renda de 500 euros passaria para 534,70 euros em 2024;
  • uma renda de 750 euros ficaria em 802,05 euros;
  • uma renda de 900 euros ficaria em 962,5 euros;
  • uma renda de 1.000 euros passaria para 1.069,40 euros em 2024.

Recorde-se que no ano passado, e perante a perspectiva de uma actualização das rendas de 5,43%, o Governo avançou com uma norma travão que limitou a subida a um máximo de 2%. Em 2022, o aumento foi de 0,43%, depois de, em 2021, não ter havido qualquer actualização dado que a inflação foi negativa.

Contudo, o Governo já fez saber que está a “ponderar” colocar um novo travão à subida das rendas para o próximo ano (tal como em 2023) e quer apresentar uma “solução equilibrada” depois de reunir com as associações de proprietários e inquilinos.

O primeiro-ministro, António Costa adiantou que o Governo aguardou pela decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os juros para aprovar, em Conselho de Ministros na próxima semana, medidas de apoio às famílias.

«Este ano, a inflação felizmente já está em queda, mas de qualquer forma, o valor da inflação estimada ainda implicaria um grande aumento das rendas, e neste momento estamos a ponderar como é que fixamos o montante que não crie depois uma enorme distância, porque depois essas rendas terão de convergir para o valor real, mas que ao mesmo tempo permite às famílias um aumento que seja compatível», afirmou António Costa.

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