Grupo Vila Galé: Uma comunicação mais humanizada

Na Vila Galé, a Comunicação Interna garante a proximidade dos colaboradores com a empresa, mas também uns com os outros, dada a distância que separa aqueles que trabalham em Portugal e no Brasil.

 

A pandemia trouxe grandes desafios às empresas no âmbito da sua relação com os seus colaboradores. Para manter a proximidade e o fluxo da informação, a Comunicação Interna, em muitos casos, assumiu um papel ainda mais activo, dinâmico, transversal e fundamental. Joana Ferreira, coordenadora de Recursos Humanos, explica como tem sido ultrapassar os desafios da pandemia e quais as novas funções da Comunicação Interna no presente e num futuro pós-pandémico.

O que é mais desafiante para a Comunicação Interna da Vila Galé neste período de pós-pandemia?
Diante do cenário de constantes mudanças que vivenciamos enquanto sociedade, percebemos que, cada vez mais, as organizações têm sido convidadas a reflectir sobre alguns temas específicos ligados à saúde – física e mental –, e à responsabilidade social e ambiental, entre outros. Sabendo que a Vila Galé tem vindo a dar, de forma orgânica, vários passos nesse sentido, seja na actuação com o cliente, seja com os colaboradores, acreditamos que, após estes dois anos desafiadores, é o momento certo para formalizarmos o nosso posicionamento através de estratégias alinhadas com a cultura organizacional do grupo. Isso passa por informar e sensibilizar as equipas sobre estes temas, incluí-los nas acções de formação da Academia Vila Galé, promover iniciativas e workshops educativos ou integrar e assinalar datas alusivas a estas temáticas no calendário interno, que partilhamos entre todos.

 

O facto da maioria dos colaboradores exercerem funções que não podem ser realizadas em teletrabalho facilita a comunicação da empresa?
Não necessariamente. Na verdade, esse factor não entra propriamente na equação da Comunicação Interna, uma vez que os meios utilizados para comunicar com os colaboradores são os mesmos, independentemente do local de trabalho. Ou seja, incluem meios físicos como placards nos lounges do staff ou o relógio do ponto, mas também meios digitais: apps de conversação como o WhatsApp, através do email e newsletters, no Yammer, a rede social interna do grupo ou através do portal My Vilagale.

 

O que é que mudou, nos últimos dois anos, na forma como se comunica com os colaboradores?
No que diz respeito à forma, a comunicação deixou de ser meramente corporativa para ser mais humanizada e próxima dos colaboradores. Actualmente segmentamos a comunicação em cinco grandes áreas: saúde e bem-estar, responsabilidade social, economia doméstica, educação e família e responsabilidade ambiental. Esta mudança serviu essencialmente para abordarmos temas, conceitos e causas que são importantes para a Vila Galé enquanto organização atenta e comprometida com a sustentabilidade e bem-estar de todos, e que queremos transmitir aos nossos colaboradores, envolvendo-os. Além disso, houve um alinhamento da comunicação em Portugal e no Brasil. Ou seja, todos estes temas passaram a ser trabalhados transversalmente nos dois países.

 

Que novos canais a pandemia trouxe à Comunicação Interna?
Adicionámos a comunicação através do WhatsApp para que esta fosse mais imediata. E criámos newsletters semanais. Intensificámos também a utilização do portal My Vilagale.

 

Quais os temas que vão estar em destaque na Comunicação Interna da Vila Galé neste ano de 2022?
Este ano, além dos temas já mencionados e que iremos continuar a abordar, iremos acrescentar o tema da Diversidade & Inclusão. Não houve nenhum tema que deixasse de fazer sentido ou deixasse de ser falado por causa da pandemia. Pelo contrário, houve temas cuja comunicação ganhou uma nova dimensão e importância, como o da saúde mental, por exemplo.

 

O que mudou no que diz respeito às expectativas dos colaboradores face à Comunicação Interna?
Acreditamos que, cada vez mais, as expectativas das novas gerações que entram agora no mercado de trabalho passam por encontrar organizações que estejam alinhadas com o seu propósito e na Vila Galé queremos ser uma dessas organizações, respeitando as diferenças, as crenças e a individualidade de cada um.

 

De que forma é que a Vila Galé continua a trabalhar para manter a união das equipas, os níveis de engagement e a cultura da empresa?
Nestes últimos dois anos foi efectivamente mais desafiante manter os níveis a que estávamos habituados, devido à pandemia, aos constantes confinamentos e ao facto de os hotéis terem fechado durante alguns períodos. Mas isso também nos obrigou a procurar novas formas de estimular a união das equipas, o engagement e de partilhar os valores da empresa, trazendo mais inovação e novas formas cumprir esses objectivos. Além do contacto permanente das direcções e das lideranças directas com as suas equipas, promovemos o nosso programa interno de mobilidade e tivemos colaboradores de unidades que estavam encerradas a dar apoio nos hotéis que iam abrindo, mantendo as nossas pessoas activas e envolvidas na organização. Este programa de mobilidade foi também extensível ao Brasil, levando um grupo de colaboradores a experienciarem a operação daquele país. Organizámos ainda sessões de webinars internos e levámos a nossa convenção anual – que anteriormente, era presencial e para cargos de direcção – aos nossos 2500 colaboradores, em Portugal e no Brasil, num formato totalmente digital. Este ano, iremos retomar os habituais eventos motivacionais num formato presencial ou, algumas situações, adoptando um modelo híbrido.

 

Além da partilha de informação, que outras funções assume hoje a Comunicação Interna dentro da Vila Galé? Além da partilha de informação, a Comunicação Interna pretende garantir um alinhamento entre a organização e os seus colaboradores, permitindo que a empresa actue de forma integrada, promovendo maior produtividade, um funcionamento mais padronizado junto dos clientes, engagement e resultados.

 

À Comunicação Interna também interessa ouvir os colaboradores. Como é tratado o feedback recebido na Vila Galé e com que objectivos?
Ouvir toda a gente e, de acordo com o feedback, actuar para melhorar, sempre foi uma preocupação da Vila Galé. Nessa lógica, continuamos a aplicar o nosso estudo Cool Staff onde avaliamos anualmente o clima organizacional. Temos também eventos que promovem essa partilha como o Entre Nós. E ainda disponibilizamos o programa Inovar- -Motivar onde premiamos ideias inovadoras apresentadas pelos nossos colaboradores e que depois são trabalhadas por grupos formados internamente e que denominámos VG Labs. Na prática, são laboratórios de desenvolvimento dessas ideias.

 

Como são medidos os resultados da área de Comunicação Interna? Quais as métricas?
A Comunicação Interna é medida através do feedback imediato, mas também através do nosso Cool Staff, questionando os nossos colaboradores sobre se estes se sentem ouvidos internamente, se acham que a comunicação na organização funciona, se se sentem envolvidos e informados nos objectivos e estratégia e se têm conhecimento dos resultados.

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Comunicação Interna” na edição de Fevereiro (n.º 132) da Human Resources nas bancas.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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