Há dois vencedores portugueses neste prémio global das Nações Unidas
Portugal tem dois vencedores mundiais nos World Summit Awards (WSA), a Ethiack e o Literary Highways (Clube de Autores).
Os 40 projectos finais, que vão participar no WSA Global Congress, que decorrerá entre 14 e 17 de Abril, na Patagónia, no Chile, foram seleccionados pelo Grande Júri, que se reuniu entre 14 e 18 de Fevereiro, em Hyderabad, na India. A directora executiva da APDC, Sandra Fazenda Almeida, participou no encontro.
Os dois projectos nacionais terão agora a oportunidade de realizar um pitch na conferência internacional e de ter acesso a uma plataforma internacional e a uma rede global de empresas, mentores, oradores, peritos, líderes governamentais e académicos.
A APDC lidera o processo de selecção nacional há mais de uma década, escolhendo os projectos nas oito categorias a concurso para representar Portugal nas edições anuais do WSA.
Iniciado em 2003, no âmbito da Cimeira Mundial das Nações Unidas sobre a Sociedade da Informação (WSIS), o WSA contribui para a Agenda dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, reconhecendo conteúdos e projectos digitais locais com impacto na sociedade, demonstrando a riqueza e a diversidade de aplicações inovadoras.
Em todas as edições, Portugal tem apresentado projectos finalistas nas oito candidaturas a concurso.
Mais sobre os projectos vencedores:
Business & Commerce: Ethiack
Trata-se se uma plataforma de cibersegurança B2B, que utiliza uma combinação de hacking humano e de máquinas para proporcionar uma protecção abrangente contra ciberameaças. Garante a identificação de vulnerabilidades com uma precisão de 99% e uma monitorização contínua, assim como poupanças de custos e funcionalidades de fácil utilização.
Através da sua abordagem simbiótica e com a utilização de IA e de machine learning. Tem um enorme potencial para remodelar a forma como as empresas combatem os cibercrimes, numa altura em os ciberataques estão a crescer, em quantidade e sofisticação, o que faz com que segurança ofensiva seja, cada vez mais, o caminho a seguir para proteger as organizações, ao invés de uma estratégia apenas defensiva e reactiva.
Culture & Heritge: Clube dos autores
Assume-se como uma plataforma de autopublicação de livros pelos seus autores, em formato impresso ou digital. Trata-se de uma ‘estação central’, que depois faz a distribuição e vende as obras em dezenas de plataformas, ligando leitores, livrarias, mercados e mais de 13 diferentes centros de impressão em todo o mundo. Recorrendo a soluções de inteligência artificial, a meta é transformar o panorama editorial e democratizar o acesso à publicação e à leitura.
Já facilitou a publicação de mais de 90 mil livros em Portugal e Brasil e reúne mais de 60 mil autores e 100 mil livros diferentes – desde best-sellers a pequenos títulos locais, que preservam o rico património de comunidades (como cidades modernas ou pequenas aldeias amazónicas).