Indústria Tabaqueira gera valor e cria emprego, diz estudo. Impacta mais de 3000 trabalhadores e atrai talento mais jovem e qualificado

Um sector dinâmico, que cresce em exportações, em valor, em emprego. Uma indústria em transformação, que já não exporta apenas bens, mas também serviços de elevado valor acrescentado, cada vez mais qualificada e que consegue atrair talento jovem e multicultural. Este é o retrato do sector industrial de tabaco em Portugal, que impacta directamente mais de 3000 trabalhadores, num universo total de 50 mil pessoas impactadas em todo o território português, dada a capilaridade da sua rede comercial, que chega a todos os concelhos do País.

 

Os dados são do estudo “O impacto social e económico da indústria de tabaco em Portugal” do Iscte Executive Education, solicitado pela Tabaqueira.

Esta segunda edição do estudo do Iscte Executive Education, solicitado pela Tabaqueira, empresa que representa 93% do valor gerado pela indústria de tabaco em Portugal, analisa três dimensões – a social, a fiscal e a económica (por via do seu impacto directo, relacionado com a actividade dos grupos empresariais do sector do tabaco em Portugal; e através do seu impacto indirecto, incluindo as empresas que fornecem serviços e bens às anteriores).

O estudo conclui que este sector se mantém consistentemente na rota do crescimento. Este sector posiciona-se como um dos principais pivôs da indústria transformadora portuguesa: num universo considerável de empresas transformadoras (67.252 empresas), os seus operadores industriais ocupam a segunda posição em termos de volume de negócios médio, logo depois das empresas do sector petrolífero. Adicionalmente, o volume de negócios médio das empresas de tabaco (€254 milhões) é 87 vezes superior ao das empresas dos diversos sectores da indústria transformadora nacional (€2,92 milhões).

O impacto social originado neste sector de actividade é sentido de forma diferente, quando considerada a referência geográfica onde cada uma das empresas do setor se encontra. Em Portugal Continental, os trabalhadores impactados representam quase 0,9% da população activa do Continente. Na Região Autónoma dos Açores, a percentagem de população ativa impactada pelo sector do tabaco atinge 1,92%, enquanto na Região Autónoma da Madeira alcança 1,14% da população activa madeirense.

Analisando concretamente a subsidiária portuguesa da PMI, que desde 2017 duplicou o número de trabalhadores, constata-se uma evolução no perfil do novo emprego, em grande parte motivado pelo investimento da multinacional em Portugal, que está comprometida em transformar o país num polo de atracção de mão-de-obra qualificada e valorizada, tendo localizado em Sintra, na sede da Tabaqueira, três Centros Operacionais de Excelência que vendem serviços a diversos mercados mundiais – um dedicado às Operações, outro financeiro (Planning, Budgeting, Forecasting & Report) e um pólo tecnológico (Platform Engineering Hub). Igualmente, a PMI instalou em Portugal diversos Departamentos Globais de Finance, Marketing & Sales e de Services.

Ao todo, estes centros empregaram, em 2023, praticamente quatro centenas de trabalhadores altamente qualificados – número que cresceu cerca de 60% nos últimos dois anos e que permitiu alimentar o aumento das exportações de serviços de elevado valor acrescentado pela Tabaqueira, que, no ano passado, atingiram €52 milhões de euros e representaram 6% do total das vendas ao exterior da empresa.

Estas novas contratações têm contribuído para alterar o perfil do emprego na empresa e na indústria, mostrando grande capacidade para atrair e reter trabalhadores jovens, com mais qualificações e de diversas proveniências. Dos 1434 trabalhadores da Tabaqueira, praticamente metade (45%) têm menos de 35 anos de idade, enquanto 10% têm nacionalidade estrangeira e são altamente qualificados. Ao todo, na Tabaqueira convivem 38 nacionalidades.

A segunda edição do estudo “O impacto económico e social da indústria de tabaco em Portugal” foi apresentado esta segunda-feira na conferência organizada pelo Iscte Sintra – “Sintra do Futuro: Talento, Competitividade e Inovação”, onde se debateram os desafios da qualificação do talento jovem e o papel das universidades na garantia da competitividade das indústrias e do crescimento económico.

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