Joana Queiroz Ribeiro, Fidelidade: «Não é um regresso à normalidade porque estamos todos diferentes»
Analisando o actual contexto, Joana Queiroz Ribeiro, directora de Pessoas e Organização da Fidelidade, salienta: «Não é um regresso à normalidade, porque estamos todos diferentes. Diferentes, porque vivemos uma experiência tremenda, que nos tornou mais conhecedores de nós mesmos, mais realistas da nossa fragilidade, ainda mais atentos ao próximo e muito mais humanos».
«Vivemos durante 18 longos meses um cenário completamente novo nas nossas vidas. Tudo em nosso redor se transformou de um dia para o outro, como se de repente o planeta onde vivemos tivesse sido invadido por uma onda de medo e incerteza que nos fechou a todos nas nossas casas. Nunca antes as empresas, tal como as conhecemos hoje, tinham vivido uma pandemia à escala global.
Na Fidelidade, o nosso propósito – Para que a Vida não Pare – foi posto mais uma vez à prova. Em todos os momentos de superação, em que as nossas pessoas deram o seu melhor, este foi de longe um dos maiores exemplos de entrega e determinação que vivi na minha vida.
O regresso foi, por isso, profundamente marcado por tudo o que vivemos juntos até aqui, mas não é um regresso à normalidade, porque estamos todos diferentes. Diferentes, porque vivemos uma experiência tremenda, que nos tornou mais conhecedores de nós mesmos, mais realistas da nossa fragilidade, ainda mais atentos ao próximo e muito mais humanos. Mas também estamos muito felizes por voltar aos escritórios. Felizes, porque este é o início de uma nova etapa, e nós gostamos de iniciar novas etapas e de abraçar a mudança.
Na Fidelidade, as pessoas foram todas ouvidas antes de estabelecermos novos padrões de funcionamento e novas formas de trabalhar. As mudanças introduzidas com a necessidade de trabalhar remotamente mostrou a todos que é possível adaptar-nos ao trabalho à distância. Houve mesmo quem manifestasse o desejo de continuar a trabalhar a partir de casa. Mas também houve quem regressasse com um enorme sorriso de alívio e saudade por rever e abraçar os colegas.
Adoptámos assim um modelo híbrido e flexível, ainda “pandémico”, permitindo aos colaboradores regressar aos escritórios de forma inovadora e segura, alternando uma semana em trabalho híbrido e outra em trabalho à distância. Na semana de modelo híbrido, a segunda-feira é sempre remota, tal como a quarta-feira é sempre presencial. Os restantes três dias da semana são distribuídos por dois de trabalho presencial e um de trabalho remoto. No fundo, cada colaborador abrangido por este modelo transitório irá trabalhar em regime presencial apenas seis dias por mês.
Mas foram muitas as pessoas que se mantiveram a trabalhar “na linha da frente”, próximos dos clientes, nas agências, áreas de mediação, clínicas ou centros de reparação, ao longo da pandemia. Esses colaboradores, cuja determinação e empenho foram exemplares, estão hoje a sentir um regresso diferente, menos solitário e, sem dúvida, mais feliz.
Estes longos 18 meses que passaram ensinaram-nos muitas coisas. Para além das novas formas de trabalhar, os novos tempos mostraram-nos como é importante estarmos juntos, como é fundamental termos prazer naquilo que fazemos, termos consciência do nosso bem-estar, mais tempo para a família e mais alegria de viver. Tantas coisas às vezes esquecidas e que fazem parte da nossa existência como seres humanos!
Hoje, trabalhar na Fidelidade é sentir que, quer em casa ou nos escritórios, estamos todos juntos de novo. Que podemos contar com uma organização que tem o foco nas pessoas, que as apoia sempre no seu lado profissional e pessoal, sem reservas, preconceitos ou condições. Só assim podemos dizer que vimos trabalhar – “Para que a Vida não Pare”.»
Este testemunho foi publicado na edição de Outubro (nº. 130) da Human Resources, no âmbito do tema de capa.