KPMG: O papel da comunicação interna na construção de uma cultura organizacional forte

A comunicação interna é um pilar essencial na estratégia da KPMG Portugal.

Na era da transformação digital, a comunicação interna nas organizações assume um papel crucial para o alinhamento estratégico, o envolvimento dos colaboradores e a eficiência operacional. Na KPMG Portugal, essa importância é reflectida nas suas práticas diárias, que promovem a transparência, o feedback contínuo e a adaptação às novas tecnologias. Conversámos com Catarina Azevedo, director head of People, e Isabel Brito, director head of Marketing & Communication, para perceber de que forma a empresa integra a comunicação interna na sua estratégia global e como esta se tornou um pilar essencial para o sucesso da organização.

Qual é a importância da comunicação interna para a KPMG e de que forma a empresa valoriza esta área no seu dia-a-dia?

Catarina Azevedo (CA): A comunicação interna é de extrema importância para uma empresa como a KPMG, sendo visível em várias dimensões. Em primeiro lugar, através do alinhamento estratégico: uma comunicação interna eficaz ajuda a alinhar todas as nossas pessoas com a estratégia, visão e valores da empresa. Isto é essencial para que a KPMG consiga executar a sua estratégia de negócios de forma coesa.

Em segundo lugar, permite um maior envolvimento das nossas pessoas, mantendo-as informadas, comprometidas e motivadas. Isto é particularmente relevante numa empresa de serviços profissionais, onde o capital humano é um dos principais activos.

A comunicação interna também tem grande relevância ao nível da eficiência operacional. Quando a comunicação flui bem dentro da empresa, os processos e fluxos de trabalho tendem a ser mais eficientes, o que contribui para que a KPMG entregue serviços de alta qualidade aos seus clientes.

Por fim, há a questão da promoção da cultura organizacional. A comunicação interna desempenha um papel fundamental na construção e manutenção da cultura organizacional da KPMG, o que é crucial para atrair e reter talentos.

Como é que a KPMG alinha a comunicação interna com a sua estratégia geral e objectivos empresariais?

Isabel Brito (IB): Através da “cascata” da estratégia corporativa, da definição de objectivos e KPI, do feedback e do envolvimento dos colaboradores, e também através da sua integração nos processos de gestão. A comunicação interna está incorporada nos processos-chave de gestão, como planeamento, orçamento, avaliação de desempenho e desenvolvimento de liderança.

Desta forma, acreditamos que a estratégia e os objectivos empresariais estão a ser continuamente reforçados e alinhados em todas as actividades.

Os momentos de feedback contínuo e os estudos globais de satisfação permitem- nos ajustar a comunicação interna da organização, complementados por contributos directos e regulares à liderança de equipas específicas, como o Next Generation Council, que anualmente apresenta planos de trabalho sobre temas concretos, reunindo os novos representantes escolhidos de cada uma das áreas da empresa.

Quais as principais guidelines com que a KPMG tem gerido a sua comunicação interna ao longo dos últimos anos?

CA: Estas são as principais guidelines adoptadas pela KPMG:

  • Transparência e clareza: garantindo uma comunicação aberta e disponibilizando a informação de forma acessível.
  • Cultura de feedback: promovemos um ambiente onde todos são incentivados a dar e receber feedback de forma construtiva.
  • Adaptação ao digital: ferramentas tecnológicas como o Microsoft Teams, Viva Engage e outras plataformas de colaboração digital, são amplamente utilizadas para facilitar a comunicação instantânea e a colaboração entre equipas, especialmente num contexto de trabalho híbrido ou remoto.
  • Foco em valores e cultura: as nossas comunicações internas são frequentemente usadas para reforçar os valores e a cultura da KPMG, inclusive através de campanhas internas.
  • Iniciativas de inclusão, diversidade e equidade: a nossa comunicação interna promove iniciativas de diversidade e inclusão, garantindo que todas as vozes são ouvidas e respeitadas.
  • Envolvimento e conexão: conduzimos campanhas de envolvimento e utilizamos a comunicação para reconhecer e celebrar as nossas conquistas, promovendo assim um ambiente de trabalho positivo e motivador.

Pode dar exemplos de iniciativas de comunicação interna que tiveram um impacto particularmente positivo na organização?

CA: Iniciativas como a criação de um podcast interno que dá a conhecer as nossas pessoas, a implementação da rede social interna Viva Engage, um casting interno para identificar “caras” para próximas campanhas de comunicação interna, páginas da intranet dedicadas a várias temáticas, programa de reconhecimento… Estes são alguns exemplos de iniciativas de comunicação interna para promover o engagement e o sentimento de pertença com a marca e com a empresa.

Como é que a KPMG assegura que os colaboradores se sintam informados e alinhados com a missão e objectivos da empresa?

CA: A KPMG procura que os colaboradores se sintam informados e alinhados com a missão e os objectivos da empresa através de uma comunicação transparente e regular, utilizando plataformas digitais para disseminar informações relevantes. Promovemos uma cultura de feedback contínuo e incentivamos o envolvimento das nossas pessoas através de campanhas e reconhecimento dos nossos sucessos. Além disso, reforçamos constantemente os valores e a cultura organizacional nas comunicações internas.

Que tipos de canais de comunicação interna são utilizados na KPMG e como são escolhidos ou implementados?

IB: A KPMG utiliza uma variedade de canais de comunicação interna, incluindo plataformas digitais como Microsoft Teams e Viva Engage, newsletters internas, intranet, televisões corporativas e reuniões virtuais para disseminar informações e facilitar a colaboração. A escolha e implementação desses canais são baseadas na acessibilidade, eficiência e capacidade de alcançar todas as nossas pessoas, independentemente da sua localização. A empresa dá prioridade a ferramentas que suportem uma comunicação rápida e transparente, promovam a interacção entre equipas e estejam alinhadas com as necessidades tecnológicas e culturais da organização.

Quais os principais desafios que a KPMG enfrenta hoje na área de comunicação interna?

IB: Os principais desafios que a KPMG enfrenta na área de comunicação interna incluem a necessidade de manter uma comunicação eficaz num ambiente de trabalho híbrido e global, onde as nossas pessoas estão sediadas em várias regiões do País. Além disso, a empresa precisa adaptar-se continuamente às novas tecnologias e às expectativas das nossas pessoas por maior transparência e envolvimento. Por outro lado, temos neste momento várias gerações na empresa e, naturalmente, a comunicação tem de abarcar esta diversidade.

Como é que a transformação digital influenciou a forma como a KPMG gere a comunicação interna?

IB: A transformação digital acelerou a troca de informação e conhecimento entre as pessoas. Na KPMG, sentimos que, com o rápido acesso à informação que qualquer pessoa com um smartphone e internet tem na palma da mão, tivemos de nos adaptar a esta nova realidade. Por isso, adoptámos rapidamente um conjunto de ferramentas e práticas para garantir uma interacção eficiente, rápida e bidireccional com as nossas equipas. Exemplos disso são o uso do MS Teams, do Viva Engage, bem como diversas campanhas de comunicação interna a nível global.

Como é que a KPMG garante que a comunicação interna é inclusiva e responde às necessidades de todos os colaboradores?

CA: Na KPMG garantimos que a comunicação interna é inclusiva e responde às necessidades de todas as nossas pessoas, incluindo aqueles em trabalho remoto ou em diferentes geografias, adoptando uma abordagem multifacetada. Utilizamos plataformas digitais acessíveis e flexíveis que nos facilitam a disseminação da informação, independentemente da localização. Promovemos uma cultura de comunicação bidireccional, incentivando o feedback.

Como é que a KPMG avalia a eficácia da comunicação interna?

CA: Realizamos pesquisas de clima organizacional, fazemos entrevistas de engagement, e analisamos a adopção às plataformas digitais para medir a percepção das nossas pessoas sobre a clareza, relevância e acessibilidade das comunicações internas. Além disso, monitorizamos a participação em eventos e campanhas internas, bem como a resposta a iniciativas específicas, como newsletters.

Que papel desempenha o feedback dos colaboradores na melhoria contínua da comunicação interna?

CA: O feedback das nossas pessoas tem um papel crucial. Utilizamo-lo para adaptar as mensagens, escolher os canais mais eficazes e garantir que a comunicação seja relevante e acessível para todos. Além disso, o feedback permite a identificação de tendências emergentes e necessidades das nossas pessoas, promovendo uma cultura de transparência e colaboração, onde todos se sentem ouvidos e valorizados.

Que expectativas tem a KPMG para o futuro da comunicação interna?

IB: Para o futuro da comunicação interna esperamos uma integração mais profunda de tecnologias emergentes e uma maior personalização da comunicação. Estamos focados em adoptar ferramentas de inteligência artificial e análise de dados para fornecer comunicações mais direccionadas e personalizadas. Tendências como o aumento da automação e a integração de plataformas de colaboração avançadas também estão em vista para melhorar a eficiência e o envolvimento. Estamos continuamente a inovar para atender às expectativas das nossas pessoas e adaptarmo-nos às mudanças no ambiente de trabalho, garantindo uma comunicação interna mais ágil, inclusiva e eficaz.

Este artigo faz parte do Especial “Comunicação Interna” publicado na edição de Setembro (n.º 165) da Human Resources.

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