Mais de 80% dos colaboradores em Portugal acha que a sua organização não dá a devida atenção a este tema

Segundo dados do mais recente estudo da GoodHabitz, 84% dos colaboradores em Portugal acredita que a sua organização deveria prestar mais atenção à diversidade e inclusão (D&I) e 75% considera importante trabalhar numa organização que valoriza estes temas. Portugal é o segundo país europeu que maior relevância dá à D&I, atrás da Dinamarca.
No contexto português, nota-se que a diversidade e inclusão não é apenas uma prioridade para os trabalhadores, mas é também para as organizações, já que 66% dos inquiridos em Portugal afirma que a organização para a qual trabalha está a esforçar-se para criar eficazmente um local de trabalho mais inclusivo e diversificado – percentagem acima da média europeia de 61%.
 Quando inquiridos sobre a aceitação e abertura para temas de Diversidade e Inclusão cultural no local de trabalho, a maioria dos portugueses sente que as diferenças culturais podem ser discutidas dentro da sua organização.
Contudo, quase um em cada 10 (9%) não se sente à vontade para discutir diferenças culturais com os colegas. Apesar disso, 69% dos trabalhadores sente que os seus gestores aceitam pessoas de diferentes culturas e etnias, o que é também superior à média europeia de 66%.
Relativamente à abertura dos trabalhadores portugueses quanto à sua orientação sexual no ambiente de trabalho, à semelhança da média europeia, a maioria (63%) sente que pode falar abertamente sobre o tema. Os países mais abertos e inclusivos neste sentido são a Dinamarca 78%, seguida dos Países Baixos com 73%, e em terceiro lugar o Reino Unido (72%).
Simultaneamente, sobre o estado actual da qualidade da equidade, também 63% dos inquiridos em Portugal afirma que sente que todas as pessoas na sua organização são tratadas de forma igual. Porém, ainda que mais de metade dos colaboradores europeus e portugueses sintam que podem ser eles próprios no local de trabalho e que são tratados de igual forma, cerca de 20% dos inquiridos são ainda neutros na matéria, o que pode demonstrar que os colaboradores ainda não estão familiarizados com o assunto ou que não lhe dão importância.
Todavia, a igualdade também diz respeito à igualdade de remuneração independentemente do género. Neste sentido, 11% dos portugueses revelam que o género afecta o seu salário, o que significa que mais de um em cada 10 colaboradores pode sentir que é tratado de forma diferente apenas por causa do seu género. Ainda assim, em Portugal, 65% dos colaboradores acreditam que o género não influencia o seu salário.
Por fim, o estudo da empresa de e-learning corporativo revela ainda que 71% dos colaboradores sentem que ter acesso a cursos online os ajudará a desenvolver as suas soft skills, o que pode conduzir a um ambiente de trabalho mais diverso e inclusivo.
Além disso, 74% dos trabalhadores portugueses indicam que é importante ter oportunidades de desenvolvimento pessoal para se sentirem felizes no local de trabalho. Isto significa que os colaboradores sentem que podem dar o melhor de si se desenvolverem certas soft skills em tópicos como Diversidade e Inclusão.
A pesquisa levada a cabo pela GoodHabitz, em parceria com a Markteffect, foi realizada através de inquéritos a mais de 13 mil colaboradores em 13 países europeus, dos quais fizeram parte 1047 pessoas da população activa em Portugal, entre os 25 e 55 anos de diferentes funções e indústrias e em empresas de diferentes dimensões.