Mark Zuckerberg revela o requisito fundamental para conseguir o emprego de sonho (e não é o diploma)

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, junta-se a um grupo de executivos que sugerem que, no actual competitivo mercado de trabalho, uma área académica específica é menos crítica para o emprego. O mais importante, diz ele, é ser capaz de «fazer algo mesmo bem», noticia a Fortune.

Quando questionada por Emily Chang, da Bloomberg, “O que é que as crianças deveriam estudar hoje em dia?” Zuckerberg enfatizou a importância de valores como pensamento crítico e aprendizagem contínua.

Em vez de identificar um tema específico para os futuros profissionais da Geração Z, o bilionário (que abandonou Harvard) realçou que o domínio de uma competência supera um diploma em gestão ou economia, uma vez que tal tenacidade pode ser aplicada em várias áreas de negócio.

Zuckerberg explicou a sua “filosofia de contratação”, dando como exemplo a filha, que está há 40 páginas a escrever um romance sobre sereias de cristal. «Se as pessoas demonstram que conseguem aprofundar e fazer algo mesmo bem, provavelmente ganharam experiência na arte de aprender algo e levá-lo a um nível de excelência, o que é perfeitamente aplicável a outras coisas», concluiu.

Notas altas não garantem profissionais de primeira linha

Não é a primeira vez que o fundador da Meta insiste que o talento bruto e a personalidade superam as credenciais.

Zuckerberg está bem à frente da actual revolução no mundo do recrutamento. Já em 2015, insistia que «só contrataria alguém para trabalhar directamente» para ele, se ele «trabalhasse para essa pessoa» e que a sua equipa procurasse candidatos com valores alinhados com os da empresa.

Agora, à medida que as empresas vão eliminando os requisitos académicos nos seus processos de recrutamento, a filosofia de contratação de Zuckerberg é mais comum.

Organizações como a Google, Microsoft, IBM e Apple eliminaram os seus antigos requisitos académicos para remover barreiras à entrada e recrutar talentos mais diversos. Entretanto, os recrutadores em todo o mundo têm cinco vezes mais probabilidades de procurar novas contratações por competências em vez de formação universitária.

O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, revelou recentemente que o gigante de Wall Street contratou «quatro ou cinco mil ex-criminosos» porque o talento não sai apenas das faculdades. «Não considero que o facto de alguém frequentar uma escola da Ivy League ou ter excelentes notas signifique que será um excelente trabalhador ou uma óptima pessoa. Se observar as competências das pessoas, é incrível como são altamente competentes em alguma coisa, mas isso não estava no currículo», afirmou.

Da mesma forma, o CEO da Apple, Tim Cook, reiterou que há uma «incompatibilidade entre as competências que saem das faculdades e as skills que acreditamos que vamos precisar no futuro». Por isso disse recentemente que os aspirantes a programadores, em particular, não precisam de um diploma para terem sucesso.

O principal executivo da Cisco no Reino Unido, David Meads, abandonou a escola aos 16 anos. Assim como Zuckerberg, observou à Fortune que «atitude e aptidão são mais importantes do que quaisquer títulos que tenha antes do seu nome ou qualificações que constem numa folha de papel».

Ler Mais