Microsoft, OGMA e Delta Cafés: eis o que distingue as três empresas mais atractivas para trabalhar em Portugal

No lançamento do estudo Employer Brand Research 2024, a Randstad distinguiu as empresas mais atractivas para trabalhar, numa cerimónia que teve lugar no Museu da Electricidade. O evento foi conduzido pela jornalista da RTP, Cristina Esteves, que moderou uma mesa-redonda com representantes do top 3: Microsoft, OGMA- Indústria Aeronáutica de Portugal e Grupo Nabeiro – Delta Cafés.

Maria Kol, directora de Recursos Humanos da Microsoft, acredita que este reconhecimento se deve à cultura organizacional da empresa tecnológica, que tem conseguido evoluir ao longo dos tempos. Já para Nádia Santos, directora de Recursos Humanos da OGMA, que se estreia no pódio, é sinal da força gradual da marca. Ana Rita Lopes, directora executiva de Pessoas, Cultura e Desenvolvimento do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, defendeu que “mais do que parecer, temos de ser” e é a consistência das acções que mantém a marca no topo, com a responsabilidade acrescida de querer continuar a estar na dianteira.

No âmbito da estratégia de employer branding, Maria kol destacou a capacidade de comunicar, «Não é só a cultura e colocá-la na base em tudo o que fazemos, mas depois ter a capacidade de atrair e reter é aí que o jogo começa a ficar desafiante.» O mindset de crescimento, que não só “vendem para fora”, é praticado internamente e vivenciado pelos colaboradores. «Queremos que os colaboradores cresçam connosco para termos os melhores resultados e, para isso, temos de ter as melhores pessoas.»

Para a directora de Recursos Humanos da OGMA, atrair talento tem sido um desafio, mas mais do que recrutar é manter, até porque a empresa tem especificidades. «Mais do que atraí-los e dar-lhes asas para voar, é fundamental ajudar a criar raízes para que fiquem», por isso o employer branding assenta mais no engagement do que na captação de talento.

A responsável de Pessoas do Grupo Nabeiro – Delta Cafés realçou que, «enquanto empresa familiar, mas também de família», é fundamental criar condições para que os colaboradores se sintam em casa.

Quanto ao tema da Inteligência Artificial, que está definitivamente na agenda das empresas, Maria Kol defende que é um novo paradigma de uma nova dimensão do trabalho, que assenta na dualidade inteligência humana e artificial. Nádia Santos concorda que a IA representa um aumento de oportunidades e, com formação adequada, pode trazer mais-valias tanto às organizações como às pessoas. Posição reiterada por Ana Rita Lopes, que deixou a ressalva que é fundamental criar condições para lidar com a automação, de forma a libertar os colaboradores para outras tarefas e promover uma maior interacção.

Conscientes de que nem todas as empresas podem adoptar certos modelos de trabalho mais flexíveis, foram unânimes na importância do cuidar do bem-estar dos trabalhadores e fazer com que se sintam “em casa”.

Ler Mais