Na UE, um sexto dos trabalhadores estava em part-time em 2023 (mas Portugal fugia à regra)
Em 2023, na União Europeia (UE) 17,1% de cidadãos dos 20 aos 64 anos trabalhava em part-time, um ligeiro aumento face ao ano anterior e quebrando uma tendência de decréscimo. Portugal não chegava aos 6%.
Os dados são do gabinete estatístico da UE, o Eurostat, e revelam que, no ano passado, a percentagem de trabalhadores a tempo parcial com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos na UE era de 17,1%, um ligeiro aumento em relação aos 16,9% registados em 2022.
Fazendo um balanço sobre os últimos 10 anos, o Eurostat observa que a percentagem de trabalhadores a tempo parcial registou uma tendência decrescente lenta, mas constante, de 19,1% em 2014 e 2015 para 16,9% em 2022, tendo então apenas subido no ano passado.
Por género, em 2023, cerca de um terço (31,8%) das mulheres empregadas com idades compreendidas entre os 25 e os 54 anos e com filhos na UE trabalhavam a tempo parcial, em contraste com 20,0% das mulheres empregadas sem filhos.
Em contrapartida, entre os homens, apenas 5% dos que tinham filhos trabalhavam a tempo parcial, em comparação com os que não tinham filhos (7,3%).
A diferença nas quotas de trabalho a tempo parcial entre mulheres e homens com filhos era, portanto, de 26,8 pontos percentuais em 2023 e para homens e mulheres sem filhos era menos de metade, com 12,7 pontos percentuais.
Já por países, nesta faixa etária dos 25 aos 54 anos, Portugal só tinha 5,7% de trabalhadores em part-time em 2023, o que compara com 15,5% no conjunto da UE.
Nestas idades, era o oitavo país com menos empregados a tempo parcial entre os 27 Estados-membros.