Nokia assina acordo com Governo e prevê criar 300 empregos para novo o Centro de Serviços Partilhados

A Nokia assinou hoje um acordo com o Governo para a criação de um Centro de Serviços Partilhados, o qual prevê a contratação de 300 profissionais em Portugal, reforçando o investimento da empresa no mercado português.

 

O acordo também prevê a colaboração da Nokia com o Plano de Acção para a Transição Digital.

«O Centro de Serviços Partilhados, a localizar nas instalações da empresa na Amadora, irá agregar serviços de suporte ao negócio nas áreas financeira e logística da Nokia e terá um papel à escala mundial», refere a tecnológica, adiantando que prevê «integrar profissionais com diversos perfis e níveis de experiência, sobretudo associados a finanças, gestão de pagamentos e encomendas de cliente, e com competências em master data e análise de dados».

O centro «irá contribuir para a estratégia da Nokia de maximizar o seu desempenho operacional global, bem como melhorar a qualidade das interacções com os seus clientes, através da digitalização, automatização e da harmonização de processos», refere a tecnológica.

«O Centro de Serviços Partilhados em Portugal vem reforçar outros centros da Nokia já existentes nas áreas de finanças, logística e compras. Queremos criar uma equipa motivada em acelerar a transformação digital da empresa e tornar-nos mais ágeis na resposta aos desafios dos mercados», explica Rod Lindsay, vice-presidente de Global Business Services da Nokia, citado em comunicado.

A qualificação dos profissionais nas áreas de aposta do centro, bem como a localização de Portugal «numa zona estratégica, com um fuso horário favorável», e a presença da Nokia no país, foram «alguns dos elementos determinantes na escolha».

O acordo celebrado hoje «estabelece a Nokia como uma empresa de referência para o Plano de Acção para a Transição Digital nos seus eixos: pessoas, empresas e Estado digital», refere a empresa.

«A Nokia irá participar em iniciativas de promoção de competências digitais em estabelecimentos de ensino e no seio do tecido empresarial português, bem como colaborar em projetos de modernização e digitalização da Administração Pública», sendo que «o foco do memorando de entendimento recai sobre tecnologias 5G, cibersegurança e computação na cloud».

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, salienta ser «uma importante notícia» para Portugal, porque se trata de «um reforço de confiança por parte de uma empresa que conhece há muito a capacidade dos quadros portugueses».

Numa altura de incerteza a nível global, «a criação deste novo centro de competências em Portugal é, além de uma prova de confiança, um relevante investimento para a sociedade portuguesa e para o desenvolvimento do país, acelerando o investimento na educação e na capacitação dos nossos recursos humanos para poderem responder aos desafios da transição digital», remata o governante.

«Acreditamos que a transformação digital é uma importante força motriz para empresas, governos e sociedade. Temos o prazer de ser considerados um parceiro tecnológico nas áreas de 5G, cibersegurança, cloud e conectividade pelo Governo português, e apoiar Portugal na sua jornada de digitalização», afirmou, por sua vez, Chris Johnson, vice-presidente de negócio empresarial da Nokia.

«O foco será na transferência de conhecimento, a favor de pessoas, empresas e da administração pública, sustentada pelas nossas capacidades e competências globais», sublinhou o responsável.

«Hoje anunciamos a criação de mais um centro de competências global da Nokia em Portugal, dando continuidade ao forte e sustentado investimento no nosso país», afirmou, por sua vez, o director-geral da Nokia Portugal, Sérgio Catalão.

«A Nokia está presente em Portugal e empenhada na Era digital, pelo que surge como um parceiro natural para a transição digital do nosso país. Iremos colaborar para acelerar a digitalização da nossa sociedade, da economia e do Estado Português nos próximos anos, bem como criar emprego qualificado», acrescentou, esperando «contribuir também para a recuperação» da economia portuguesa, numa altura em que atravessa «grandes desafios».

A Nokia desenvolve actividade na área de equipamentos de rede, software e serviços.

«Portugal é também um importante centro de investigação e desenvolvimento para a Nokia global através das suas unidades de inovação localizadas na Amadora e Aveiro» e «acolhe ainda um dos centros internacionais de engenharia que gere remotamente redes de banda larga para alguns dos principais operadores mundiais», recorda a empresa finlandesa.

Ler Mais