Número de ultramilionários aumentou quase 5% a nível mundial. Imagina quantos há em Portugal?

A população global de UHNWIs (indivíduos com um património líquido de 27, 53 milhões de euros ou mais, incluindo a residência principal) aumentou 4,2%, a nível mundial em 2023, invertendo o declínio registado em 2022.

 

Os dados são retirados do The Wealth Report, um estudo anualmente concebido pela Knight Frank que reúne as mais importantes tendências e perspectivas globais do mercado imobiliário – desde 2021 que a imobiliária com sede em Londres está associada à portuguesa Quintela e Penalva.

Segundo este relatório, no final de 2023 contabilizavam-se 626 mil UHNWIs, enquanto no final de 2022 o número era de 601 mil. Também em Portugal o número de ultramilionários aumentou no último ano, passando dos 777 indivíduos para os 800, o que representa um crescimento de 3%. Até 2028 este número, segundo o relatório da Knight Frank, deverá aumentar para os 1000, o que representará um crescimento de 25%.

Por região do globo, a América do Norte lidera este crescimento com um aumento de 7,2% de novos UHNWIs, com o Médio Oriente a vir em segundo lugar (6,2%) e o continente africano a ocupar a terceira posição, com um aumento de 3,8%. Já a América Latina é a única região que viu a sua população de indivíduos ultramilionários diminuir (-3,6%).

No caso da análise por país, verifica-se que a Turquia lidera a classificação da Knight Frank com um aumento de 9,7% no número de UHNWIs, seguida dos EUA (7,9%), da Índia (6,1%), da Coreia do Sul (5,6%) e da Suíça (5,2%).

Assim, no final de 2023, havia 4,2% mais UHNWIs do que no ano anterior, com quase 70 indivíduos muito ricos criados todos os dias, elevando o total global para pouco mais de 626,619 pessoas ultramilionárias.

A recuperação da criação de riqueza foi apoiada pelo crescimento económico mundial e pela melhoria da rentabilidade dos principais sectores de investimento. No primeiro semestre de 2023, apesar da actual contracção das taxas de juro e do aumento das taxas de rendibilidade das obrigações, as ações subiram devido ao entusiasmo em torno da Inteligência Artificial. Mesmo com esta tendência a esmorecer na segunda metade do ano, a descida da inflação e a antecipação de cortes mais rápidos e substanciais nas taxas de juro deram um novo impulso aos mercados accionistas.

Enquanto alguns sectores se debatiam com o impacto persistente dos elevados custos da dívida, em particular o imobiliário comercial e o capital privado, os valores do imobiliário residencial surpreenderam pela positiva.

Para os investidores, a rentabilidade do mercado residencial foi crucial para estes resultados, com a rentabilidade no investimento do mercado residencial a crescer 3,1%. Houve ainda outros sectores a apresentar resultados positivos a nível global, como o ouro, que subiu 15%, e as Bitcoin, que subiram 155%, invertendo grande parte das perdas sofridas em 2022.

De acordo com o The Wealth Report da Knight Frank, o número de indivíduos ricos a nível mundial deverá aumentar 28,1% nos próximos cinco anos, até 2028. Embora positiva, esta taxa de expansão é visivelmente mais lenta do que o aumento de 44% registado no período de cinco anos até 2023.

O relatório aponta a Ásia como a região com maior crescimento previsto, nomeadamente a Índia (50%), a China continental (47%), a Malásia (35%) e a Indonésia (34%).

Para além da Ásia, o forte crescimento estará concentrado no Médio Oriente, na Australásia e na América do Norte, com a Europa a ficar para trás e a África e a América Latina a serem provavelmente as regiões com o crescimento do número de UHNWIs mais fraco.

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