O futuro do trabalho na Europa: quais os sectores mais ameaçados?

De acordo com o estudo “The future of Jobs 2023” do Fórum Económico Mundial, que inquiriu mais de 800 empresas e 673 milhões de trabalhadores em todo o mundo, 83 milhões de postos de trabalho podem desaparecer nos próximos três anos devido a automatização, big data e pressões económicas, avança a Euronews.

 

Por outro lado, o estudo refere ainda que, até 2027, poderão ser criados até 69 milhões de novos postos de trabalho. Entre os sectores de crescimento mais rápido prevê-se que a IA ocupe o leme, bem como os especialistas em sustentabilidade e analistas de business intelligence.

O estudo “The future of work in Europe” da consultora McKinsey prevê que 94 milhões de trabalhadores europeus necessitarão de reskilling até 2030 devido aos avanços da automatização. Entre os sectores com a maior probabilidade de serem afectados pela automatização na Europa estão os serviços de alojamento e restauração (94%), artes (80%), comércio grossista e retalhista (68%), construção (58%) e transportes e logística (50%).

 

 

«Embora alguns trabalhadores em profissões em declínio possam encontrar tipos de trabalho semelhantes, 21 milhões poderão ter de mudar de profissão até 2030», refere o estudo, sugerindo que a maioria não tem formação superior.

Ainda que os próximos anos possam também trazer um crescimento substancial do emprego e cerca de 69 milhões de novos postos de trabalho, é provável que estes empregos sejam distribuídos de forma desigual.

Segundo a McKinsey, até 40% dos trabalhadores europeus poderão vir a viver em regiões com mercados de trabalho em retracção, por isso, sugere que o trabalho à distância seja encorajado «através de incentivos às empresas e da construção de infraestruturas digitais» para manter essas regiões em actividade.

Actualmente, a produtividade da Europa está muito concentrada em mercados como Amesterdão, Copenhaga, Londres, Madrid, Munique e Paris, cidades responsáveis por 43% do crescimento do PIB europeu, 35% do crescimento líquido do emprego e 40% do crescimento da população entre 2007 e 2018, porém albergam apenas 20% da população da Europa.

Por outro lado, existem 438 regiões na Europa Oriental e Meridional em declínio, que representam 30% da população e com «populações mais velhas e níveis de escolaridade mais baixos».

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