O seu emprego tem futuro?

Segundo a ‘Forbes’, a nossa relação com o trabalho passa por sete fases: a lua-de-mel, a realidade, a fase de aprender o ofício, de dominar o trabalho, de alcançar resultados, de questionar e, por fim, de sair.

É essencial que compreenda em que fase está. O que sente quando pensa no seu trabalho? Sente-se com vontade de continuar a lutar, ou quer desistir? Jorg Stegemann, um talentoso recrutador de talentos para empresas, considera que o melhor é abandonar o emprego antes de chegar à sexta fase.

“Cuidado com os sinais de alerta”, revela o especialista à ‘Forbes’. “A sensação de cansaço antes mesmo de chegar ao trabalho, ficar chateado com coisas insignificantes… Idealmente, as pessoas devem abandonar o emprego entre a quarta e quinta fase.”

Em entrevista à ‘Forbes’ , Jorg Stegemann considera que um trabalho dura em média entre três a cinco anos. Se continuar por mais tempo, pode ser considerado como alguém pouco ambicioso ou com até pouco talentoso.

Porém, isto não significa que tenha de deixar a sua empresa de três em três anos: pelo contrário, deve antes assegurar-se que consegue mudar o conteúdo do seu trabalho regularmente. Mas não fique por mais de 15 anos: segundo Stegemann, independentemente das alterações no trabalho o melhor que tem a fazer é mesmo sair.

Se sentir que o comportamento do seu patrão se alterou, tenha cuidado: este pode ser um sinal que a empresa está à procura de uma mudança. Se o seu chefe se tornou irritadiço, atribui os projectos que costumavam ser seus a outros membros da equipa, ou até mesmo o evita nos corredores, é preciso saber se a sua produtividade caiu.

Fale com um colega de trabalho, um mentor ou alguém em quem confia, pois eles podem ajudá-lo a perceber o que se passa. Se calhar o problema não é seu, e o seu patrão está apenas a despejar as suas frustrações pessoais em cima de si. Seja como for, o melhor é não arriscar e tentar remediar a situação.

É preciso estar atento à evolução da sua empresa e dos seus concorrentes. Se no mesmo sector começarem a “apertar o cinto” ou até mesmo a despedir, o melhor é ter cuidado. Quem está a abandonar a empresa? De acordo com Solomon, se os principais profissionais estão a deixar a concorrência, ou até a sua própria empresa, tente perceber o porquê. Geralmente, os melhores são sempre os primeiros a sair – talvez esteja na hora de considerar uma mudança na carreira.

Esteja atento ao desenvolvimento económico da sua empresa. Existem salários em atraso? Os produtos ou serviços estão bem posicionados no mercado? Será que o seu patrão está a ser capaz de conduzir a empresa na melhor direcção, mesmo em alturas de crise?

Reflicta sobre a gestão dos negócios, e abandone o emprego se sentir que as coisas não estão bem. Não vale a pena continuar a investir numa empresa sem futuro.

A verdadeira motivação vem da autonomia, do domínio e do propósito. Será que o seu trabalho o vai ajudar a alcançar os seus objectivos profissionais? Sente-se realizado neste momento, ou vê o seu emprego apenas como “um trabalho”? Seja capaz de gerir a sua carreira estrategicamente: existem muitos caminhos para chegar ao topo. Se sentir que está num beco sem saída, o melhor é voltar atrás e começar de novo.

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