Pandemia levou ao aumento da remuneração flexível e dos planos benefícios para colaboradores

Segundo a Robert Walters, embora a remuneração flexível e os benefícios sociais não sejam novidade em Recursos Humanos, nos últimos anos as empresas renovaram o interesse por essas formas alternativas de remuneração.

 

Embora dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelem que em Portugal existem mais de 3,5 milhões de desempregados, a verdade é que existem perfis ainda difíceis de recrutar para as empresas.

Não é que o talento seja escasso, é que aquele que é procurado normalmente já está activo. Isso faz com que as empresas “roubem” talentos umas das outras, numa espécie de competição para ver quem é mais atraente e o melhor lugar para trabalhar.

A Robert Walters revela que a pandemia teve um efeito determinante sobre os planos de compensação e benefícios flexíveis. Em primeiro lugar, porque o teletrabalho forçado, aliado à instabilidade do emprego, aos registos de regulamentação do trabalho temporário e, em geral, à falta de liberdade, têm prejudicado a motivação dos trabalhadores. profissionais.

Não é que a produtividade tenha caído por causa do teletrabalho, na verdade, de acordo com uma pesquisa da Robert Walters, 47% dizem que, no caso deles, aumentou graças ao teletrabalho. A questão é que todas essas mudanças têm prejudicado a saúde física e mental das pessoas, o que, em muitos casos, tem gerado diferentes doenças, tanto física, emocional e psicologicamente, com as consequentes licenças médicas e faltas que isso acarreta.

De acordo com a Robert Walters, isso fez com que certos produtos dos planos de benefícios aumentassem. É o caso, por exemplo, do seguro saúde privado, que aumentou as suas contratações em quase 5% durante a pandemia. 

A pandemia também foi um impulso importante para a digitalização de processos, também em termos de compensação. As empresas que tinham planos de benefícios mais tradicionais e manuais, nos quais o colaborador era contratado no papel e sempre gerido por alguém da equipa de Recursos Humanos.

François-Pierre Puech, country manager da Robert Walters Portugal, explica: «Hoje, a realidade é que os colaboradores também se tornaram clientes das suas próprias empresas. É preciso atraí-los e convencê-los de que a empresa está alinhada com seus ideais. Para retê-los, simplesmente um salário no final do mês não é mais suficiente. São necessárias medidas que promovam o equilíbrio entre a vida profissional e familiar, como flexibilidade de horários, possibilidade de teletrabalho ou planos de benefícios. Tudo o que vai além do salário monetário e que conhecemos como salário emocional».

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