People Intelligence: O Futuro Hoje

A quarta revolução industrial está aí mas esta ainda não é a realidade da maioria das empresas. A Gestão de Pessoas pode, e deve, assumir um papel relevante neste processo.  E dispor de dados relevantes e fidedignos irá ajudar.

 

Por Ana Leonor Martins

 

No passado dia 7 de Fevereiro, a SAP reuniu no Hotel Epic Sana Lis- boa cerca de 30 profissionais para um pequeno-almoço executivo, com o objectivo de dar a conhecer mais sobre as soluções que impactam positivamente o capital humano das empresas. Mas, mais do que apresentar estas soluções, o que se pretendeu foi promover uma reflexão sobre as mudanças a que estamos a assistir no mundo do trabalho, afirmando-se a gestão de talento, cada vez mais, como um factor crítico de sucesso para as organizações.

A intervenção de abertura coube a Luís Sítima, managing partner da Odgers Berndtson Portugal, que falou sobre “Leadership and Talent Management 4.0” e sobre os novos de grandes desafios para a Gestão de Pessoas. E porquê 4.0? Porque tem a ver com a quarta revolução industrial. «Na primeira inventou-se a máquina a vapor, a segunda foi motivada pelo advento da electricidade, na terceira pelo desenvolvimento dos computadores pessoais e aparecimento da internet e, com a aceleração da inteligência artificial e do machine learning, estamos a entrar na quarta revolução industrial, ainda que a maior parte de nós ainda esteja na terceira», considera.

Mas é inquestionável que a revolução digital mudou o mundo como o conhecemos. Neste contexto, Luís Sítima acredita que as questões chave para as organizações nos dias de hoje passam pela capacidade para entender as mudanças que estão a acontecer, para reagir de forma ágil e para inovar. A resposta reside num novo paradigma de Gestão, passando de organizações que seguem uma estratégia, em que tudo era definido no topo e “descia” para a restante estrutura, para organizações que colocam as pessoas no centro, com ciclos estratégicos cada vez mais curtos e a emergir de várias áreas da empresa. Surge assim a questão de como atrair e reter esse talento e tirar o máximo potencial das pessoas. «Através da liderança», afirmou. «Ter a pessoa certa no sítio certo faz, e fará cada vez mais, a diferença. As organizações necessitam de líderes com adaptabilidade, capacidade de aprendizagem, resilientes, capazes de agir de forma ágil, inspirar pessoas e implementar as mudanças necessárias. Liderança e talento são a nova vantagem competitiva.»

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Mudar através dos dados

Seguiram-se as intervenções de Simon Iglesias, Solution Sales Executive de Business Analytics, e Flávio Simões, Solution Advisor para Analytics & In- sights, ambos da SAP Portugal, que demonstraram a importância da análise de dados para passarmos de people management para people intelligence, ajudando a prever melhor. E, com exemplos práticos, salientaram a forma como «as funções analíticas em tempo real fornecidas pelas soluções de SAP Analytics Cloud proporcionam insights únicos sobre pools de talento, que vão desde o recrutamento à retenção, possibilitando a tomada de decisões estratégicas relativamente aos colaboradores e ao negócio».

Simon Iglesias fez notar que a SAP Analytics Cloud é a única solução que junta business intelligence, planeamento e análise e previsão, na cloud. Esta plataforma, acessível nos diversos dispositivos móveis, tem capacidade para explorar dados e, através de machine learning, fazer planeamentos em diferentes cenários, permitindo incorporar conteúdos de negócio, sem ser preciso ser especialista em tecnologia para conseguir tirar partido dela.

Flávio Simões usou exemplos concretos para demonstrar como a plataforma pode ser útil. Permite, por exemplo , comparar o salário com a performance do colaborador, perceber se será preciso contratar mais pessoas, quanto tempo demoraria, cruzar dados, tomar acções e fazer simulações, perceber o que leva as pessoas a sair da empresa, entre outras variadíssimas funcionalidades. No fundo, permite passar da teoria para a prática.

Inês Vaz Pereira, SAP SuccessFactors Sales Manager da SAP Portugal e África francesa, encerrou a sessão, colocando o foco em alcançar a “melhor performance”, através dos dados. Identificou cinco entraves a uma HR analytics eficaz: falta de dados de RH integrados; a necessidade de complementar com dados que não são de RH; a falta de capacidade analítica; a falta de estrutura e padrões para métricas de RH e a existência de silos funcionais. «Com acesso a dados de múltiplas funções (incluindo financeira, operacional, etc.) e repositórios e dados, a SAP Analytics Cloud torna-se uma fonte de verdade sobre as métricas de negócio e de pessoas, para qualquer empresa», garante.

Leia o artigo na íntegra, na edição de Fevereiro da Human Resources.

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