PME portuguesas mais confiantes para atrair e reter talento do que antes da pandemia. E acreditam sobretudo num argumento (que não é salário)

Neste momento, as pequenas e médias empresas (PME) portuguesas sentem-se mais confiantes para atrair e reter talento do que antes da pandemia. Esta é uma das conclusões do recente estudo Small Business, Big Opportunity? realizado pela Sage, que procurou descobrir como mudaram as intenções de contratação das pequenas e médias empresas (PME) portuguesas, e como estas percepcionam o crescimento de emprego após a pandemia.

 

De acordo com o estudo, com a estabilização gradual da crise sanitária as PME estão optimistas quanto à evolução do mercado de trabalho. Apesar de fenómenos como a “Grande Renúncia” (‘Great Resignation’) estarem a crescer em algumas partes do mundo, em Portugal os números são animadores, 60% das PME está confiante de que será capaz de contratar novos colaboradores suficientes para satisfazer as exigências da sua empresa no próximo ano; 57% está satisfeita com a sua capacidade para recrutar talento; e 48% sente que está mais bem preparada para reter talento do que nos 12 meses anteriores.

Neste sentido, as PME portuguesas veem-se capazes de atrair e reter os melhores talentos, 51% acredita estar agora mais bem preparada do que nos 12 meses anteriores para abordar questões como o bem-estar dos colaboradores, e algumas começam a dar prioridade a áreas como a diversidade (14%) ou a sustentabilidade corporativa (13%) para aumentar a motivação dos colaboradores e atrair novos talentos.

Durante a pandemia, a tecnologia provou ser a alavanca que ajuda as empresas a quebrar as barreiras que têm enfrentado nos últimos meses. Olhando para o futuro, 68% das PME portuguesas está confiante nas competências digitais da sua força de trabalho e 53% acredita que estas vão, ainda, melhorar em comparação com os 12 meses anteriores.

Para além disso, a transformação digital também ajuda as empresas a aumentar a sua capacidade de atrair e reter talento. Embora ainda haja um caminho a percorrer neste sentido, 18% dos empregadores portugueses acredita que aumentar o seu investimento em tecnologia os ajudará a atrair mais colaboradores qualificados, e alguns já admitem mesmo estar a pensar em investir mais em ferramentas de gestão de talento (15%) e de salários (7%).

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