Presenteísmo. Sabe o que é e as suas implicações?

Antes de começar a semana de trabalho, dúvidas pairam na cabeça do colaborador: “o que me faz continuar nesta empresa?”. Essa reflexão pode levar para uma sensação de mal-estar por parte do colaborador, podendo gerar o presenteísmo.

 

As empresas têm vindo a perceber que estar presente no seu posto de trabalho, mas sem interesse e dedicação gera tanto prejuízo quanto a ausência dos colaboradores por motivos de saúde, por exemplo.

O presenteísmo é um ponto de atenção e os Recursos Humanos devem conhecer melhor este conceito para agir de maneira eficaz.

O que é o presenteísmo e como ele afeta a empresa?
Presenteísmo é a acção de estar presente em local de trabalho, dentro da jornada estabelecida pelo contrato com a organização, mas com os pensamentos noutro lugar. A pressa para ir embora é uma das ideias mais recorrentes na mente do colaborador.

Outras situações em que se percebe o presenteísmo é observar a quantidade de papéis e trabalhos que se acumulam na mesa, o abrir e fechar das gavetas mais vezes do que o normal, como se a pessoa estivesse sempre em à procura de algo que não tem certeza do que é.

Esse comportamento é o reflexo da pressão e do aumento da competitividade encontrada frequentemente nas empresas. O medo de ser despedido e de não conseguir outro trabalho potencia o comportamento de ir trabalhar mesmo não estando bem.

Diversos motivos podem gerar este comportamento e o mais comum é o stress corporativo e a falta de reconhecimento, que por não ser exteriorizada gera frustração e pode apresentar-se através de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, como dores de cabeça, ansiedade e angústia.

Outra situação gerada pelo presenteísmo é a falta de envolvimento do indivíduo com a tarefa, realizando-a de maneira automática e sem atentar aos possíveis erros ou falhas no processo.

Presenteísmo x Absenteísmo
A diferença entre os dois conceitos é simples: absenteísmo é quando o colaborador não está presente na empresa. Presenteísmo é quando ele está, mas não consegue produzir e entregar os resultados esperados, gerando prejuízos tanto para si mesmo como para a organização.

Os líderes devem ser parceiros da área de Recursos Humanos para, em conjunto, encontrar as causas e procurar as melhores alternativas para a solução deste problema.

Ao identificar esta situação, os Recursos Humanos devem agir imediatamente com acções de qualidade de vida, orientação para apoio médico e psicológico, reuniões para sensibilização do tema nas equipas e práticas de reconhecimento e incentivo profissional.

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