Programas de saúde e bem-estar muitas vezes ainda não são prioridade nas empresas

A larga maioria (86,8%) das empresas em Portugal diz que a pandemia teve um impacto negativo na organização, seja a nível económico, seja a nível de gestão de pessoas. A conclusão é do estudo “Bem-Estar no Trabalho: Tendências para 2021″ realizado pela Workwell.

 

A COVID-19 veio originar incerteza e stress acabam por afectar significativamente o bem-estar físico e mental dos colaboradores. Por isso, a Workwell defende que é importante que as empresas adoptem medidas de prevenção e promoção de ambientes seguros e saudáveis para as suas pessoas.

Reconhecendo o impacto positivo de um programa de saúde e bem-estar corporativo, principalmente em momentos mais exigentes como o actual, 94,5% das empresas inquiridas, garantiram que pretendem promover programas de saúde e o bem-estar dos seus colaboradores nos próximos seis a 12 meses.

O estudo revela que melhorar a saúde e o bem-estar, promovendo comportamentos saudáveis (53%) são a principal razão para a implementação de programas de saúde e bem-estar corporativo.

Embora seja reconhecida a importância de cuidar do bem-estar das pessoas, muitas vezes não é uma prioridade. Dos principais factores identificados pelo estudo para a não implementação de programas de saúde e bem-estar, o principal é a falta de budget (41%). Este pode ser um reflexo do tecido empresarial português constituído 99,9% por pequenas e médias empresas.

Outros factores identificados são o desconhecimento deste tipo de programas e a falta de sensibilização dos gestores e líderes para estes temas.

O estudo mostra também que o formato digital é neste momento o método preferencial para a implementação de serviços de saúde e bem-estar para 52% dos inquiridos. As razões apontadas para esta escolha são, maior abrangência geográfica do programa a um custo mais baixo; acessibilidade (em casa ou no trabalho, no
telemóvel, no PC ou tablet); confidencialidade e anonimato e a possibilidade de medir o impacto.

De acordo com a tendência de anos anteriores, 47% das empresas inquiridas afirmaram que em 2021 tencionam investir mais em bem-estar que no ano anterior.

O mesmo estudo indica ainda que o top 3 das áreas mais pertinentes para desenvolver no futuro, são a Saúde Mental 73%), a Postura e Ergonomia (56%) e o Desenvolvimento Pessoal (46,20%).

A pesquisa desenvolvida pela equipa da Workwell abrangeu mais de 100 empresas de vários sectores de actividade. A maior representação, foi por parte dos sectores dos serviços, indústria e tecnologias.

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