Projecto liderado pela Bosch vai colocar o humano no centro de soluções tecnológicas da indústria 4.0. Saiba como

O projecto Augmented Humanity procura «potenciar o factor humano colocando-o no centro das soluções» tecnológicas da indústria 4.0, realçando o trabalho de interacção humano-robô com contacto físico, integrando competências humanas e de computação para melhorar capacidades produtivas.

 

O projecto Augmented Humanity (Augmanity), apresentado pela Bosch e pela Universidade de Aveiro, foi desenvolvido por um consórcio liderado pela Bosch Termotecnologia e formado por 15 empresas e oito entidades do sistema científico nacional, num investimento elegível superior a oito milhões de euros, financiado em cerca de metade por fundos comunitários.

O consórcio foi criado com o intuito de desenvolver tecnologias amigáveis, em ambientes de produção industrial, através de uma estratégia coordenada entre os parceiros industriais e os centros de investigação, «para tornar os processos industriais mais eficientes e com menor impacto na saúde dos trabalhadores».

Em causa está a adopção de tecnologias que tornem os locais de trabalho na indústria mais atraentes, procurando minimizar ou eliminar os problemas de saúde decorrentes do trabalho intensivo, melhorando a ergonomia e reduzindo actividades monótonas.

De acordo com o enunciado no «site» do projecto, o «Augmanity» procura dar resposta a três desafios principais: a redução de emissões, com a melhoria da eficiência dos processos industriais, a adequação da produção, através do desenvolvimento de processos produtivos adequados às características da população activa, e a preparação dos Recursos Humanos para a nova realidade industrial da indústria 4.0.

De entre os seus resultados sobressai o trabalho de interacção humano-robô com contacto físico, com vista à «integração de competências humanas e de computação para melhorar capacidades produtivas, desenvolvendo as capacidades apresentadas pelo factor humano».

O estudo abrangeu «a transferência de objectos, aprendizagem e métricas», centrado na harmonia das pessoas com a tecnologia e os equipamentos, e resultou «numa pré-formalização da abordagem a ser realizada».

Outro resultado significativo é o desenvolvimento de hardware base para a detecção e localização de máquinas, trabalhadores e veículos, com um novo dispositivo de internet das coisas (IoT), que fornecerá o suporte às tecnologias de comunicação através de redes 5G.

Outra das apresentações refere-se à especificação dos sensores e dispositivos necessários para recolher dados adicionais e melhorar algoritmos inteligentes, e tem por base experiências em ambiente real e registadas em vídeo, na manutenção de prensas inteligentes e de testes de confiabilidade e qualidade na Bosch, bem como na manutenção de máquinas injectoras moldadoras na OLI.

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