PRR. Capacitação tecnológica de 15 milhões começa em Melgaço

A zona industrial de Penso, em Melgaço, começa a partir de Junho a ser alvo de uma intervenção de capacitação tecnológica, de 15 milhões de euros, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foi revelado esta segunda-feira.

 

Em declarações à agência Lusa, o presidente da câmara, o socialista Manoel Baptista, adiantou que a candidatura no âmbito das Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) de Nova Geração, do PRR, foi aprovada na sexta-feira.

O autarca de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, adiantou que, após a assinatura do contrato de financiamento com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e concluídos «os projectos de cada uma das intervenções, já em fase adiantada, estarão reunidas as condições para até ao final do primeiro semestre deste ano arrancarem as obras».

A candidatura agora aprovada prevê «a instalação de sistemas de produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo, criação de mobilidade sustentável – postos de abastecimento eléctricos e a H2 para veículos pesados -, reforço da cobertura com soluções de comunicação 5G e medidas activas de prevenção e protecção contra incêndios».

A candidatura beneficiará a nova zona empresarial de Alvaredo, que é contígua e que «está numa fase de execução avançada», prevendo-se «que ainda este ano as primeiras empresas se comecem a instalar, podendo beneficiar desta capacitação tecnológica».

A primeira fase da nova zona industrial, iniciada em Julho último, orçada em 2,7 milhões de euros, financiada pelo programa Norte 2020, tem uma área total de oito hectares.

As três fases da nova infraestrutura representam um global de mais de 6,5 milhões de euros, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

A segunda e terceira fases abrangem um total de 16 hectares.

«A aprovação desta candidatura de 15 milhões de euros para capacitação tecnológica foi no timming perfeito. As empresas já instaladas na ZIP passam a ter melhor capacidade de desenvolvimento da sua actividade e as que se venham a instalar têm, à partida, condições de qualidade. A atractividade do território aumentará consideravelmente. Não tenho dúvidas nenhumas», disse Manoel Baptista.

O «objectivo principal deste projecto é a requalificação da Zona Industrial de Penso (ZIP), através da criação de espaços de demonstração, posicionando Melgaço na linha da frente em termos de competitividade no acolhimento empresarial, reforçando a sua centralidade no contexto da eurorregião Galiza-Norte de Portugal, alinhando-se com as novas agendas climáticas e digitais».

O investimento vai permitir «reforçar a competitividade territorial e promover a atracção e fixação de empresas no concelho, contribuindo para o aumento da empregabilidade e desenvolver o tecido produtivo de forma mais equilibrada».

A «industrialização desconcentrada no território, a otimização das cadeias logísticas, o crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, incluindo coesão económica, emprego, produtividade, competitividade, investigação, desenvolvimento e inovação e a coesão social e territorial», são outras das apostas da candidatura agora aprovada.

O projecto na ZIP permitirá ainda atingir a «resiliência económica, social e institucional, inclusive com vista ao aumento da capacidade de reação e preparação para crises, e a criação de políticas para a próxima geração, crianças e jovens, incluindo educação e competências».

Segundo a Câmara de Melgaço, de um total de 110 milhões de euros de fundos do PRR, foram selecionadas 10 AAE em todo o país, três das quais na NUTS II – Norte, nomeadamente Melgaço, Chaves e Vila Real.

Águeda, Guarda, Oliveira do Hospital, Rio Maior, Campo Maior, Beja e Lagos foram os restantes municípios que viram as suas candidaturas aprovadas.

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