Qual o papel do CEO nos dias de hoje?

O investimento em tecnologia é hoje factor determinante para o aumento da competitividade e crescimento de negócio, defenderam hoje líderes reconhecidos da economia nacional, no âmbito da conferência CEO Forum 2012, que se realizou no edifício da IBM Portugal, em Lisboa, numa parceria entre a IBM e o “Jornal de Negócios”.

Alexandre Relvas, CEO da Logoplaste, Isabel Vaz, CEO da Espírito Santo Saúde, João Bento, Presidente da Cotec, Luís Mira Amaral, CEO do Banco BIC, e Pedro Norton, CEO da Impresa, foram os membros do painel moderado por Pedro Guerreiro, director do Jornal de Negócios, onde se debateu o papel de liderança e os desafios dos CEO nesta era colaborativa e no actual contexto económico e financeiro do país.

O presidente da IBM Portugal, António Raposo de Lima, abriu a sessão com os principais resultados do IBM CEO Study 2012, para o qual foram entrevistados 1700 CEO em todo o mundo, 17 dos quais portugueses, e que serviu de mote à conferência. «O CEO Study é o quinto de um conjunto de estudos que temos vindo a realizar de dois em dois anos, desde 2004. Neste último estudo, o nosso objectivo foi perceber a agenda dos CEO e de que forma estão a responder à complexidade resultante do aumento das interligações entre organizações, mercados, sociedades e governos», explicou.

«Os CEO têm uma nova estratégia para potenciarem o talento dos colaboradores e estão a investir mais em inovação através de parcerias cada vez mais alargadas», frisou Raposo de Lima. «A visão de negócio dos CEO tem-se vindo a transformar. Se em 2004, os factores tecnológicos ocupavam o sexto lugar nas preocupações destes líderes, em 2012 passaram para primeiro”.

Também Luís Mira Amaral, CEO do Banco BIC, reforça a importância que a tecnologia tem actualmente em sectores como o bancário. «A banca gera um fluxo de dados que devem ser transformados em informação e posteriormente em conhecimento. A vantagem competitiva passa por alavancar a tecnologia e ajustá-la ao modelo de negócio, de modo a e prestar um serviço competente aos clientes», defendeu.

«Seria impossível criar o nível de competitividade que temos e alargar a nossa rede de competências se não tivéssemos uma consistente aposta na tecnologia», referiu, por sua vez, João Bento, presidente da Cotec, que lembrou ainda a importância de tratar os clientes de forma personalizada.

Pedro Norton, CEO da Impresa, partilha da mesma visão. «A tecnologia no mundo da comunicação social é um factor crítico de sucesso. Dentro do nosso processo de decisão, temos de ter uma visão tecnológica integrada, alinhada com os processos de negócio».

Alexandre Relvas, CEO da Logoplaste, apontou como factores de diferenciação de uma empresa a capacidade de inovar tirando partido das tecnologias e a aposta em centros de inovação. Por outro lado, lembrou a preocupação em reter talentos em Portugal e a necessidade premente de motivar os colaboradores. «Há pessoas com muita qualidade que estão a olhar para fora. É necessário apresentar perspetivas de futuro», sustentou.

Já Isabel Vaz, CEO da Espírito Santo Saúde, fez referência à necessidade de haver uma aproximação aos colaboradores e mantê-los informados. «Tenho por objectivo manter os colaboradores informados. Um líder tem de passar uma mensagem de tranquilidade. Dar a certeza às pessoas de que sabemos para onde vamos», defendeu.

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