
Quase 80% das empresas associam a remuneração dos seus executivos ao desempenho nesta área em particular
O novo estudo da KPMG “Incentivizing long-term value creation: Linking sustainability metrics to board members’ pay”, que analisa a incorporação dos resultados de sustentabilidade e ESG na remuneração dos administradores das empresas, revela que 78% das empresas analisadas associam a remuneração dos seus executivos ao desempenho da sustentabilidade.
Além disso, 88% das empresas que definem objectivos especificos de sustentabilidade na remuneração do conselho de administração, alinham-nos com as prioridades do seu negócio. Os objectivos de sustentabilidade mais adoptados estão relacionados com as alterações climáticas e com os recursos humanos da própria empresa, muitas vezes alinhados com tópicos ESG relevantes para os seus negócios.
Embora a maioria das empresas associem a sustentabilidade a objectivos de curto prazo, os investidores esperam, em geral, ver um equilíbrio entre os objectivos de curto e de longo prazo.
Este relatório também destaca uma diferença geografica significativa na adopção de remuneração ligada às metricas de sustentabilidade. As empresas da União Europeia (UE) são mais susceptíveis de utilizar estas medidas do que as de fora da UE, apesar de o Reino Unido e a Austrália ocuparem o segundo e o terceiro lugar no ranking das 25 maiores empresas. Isto mostra que, mesmo para além dos requisitos regulamentares da UE em matéria de comunicação de temas de ESG e sustentabilidade, as empresas estão a adoptar uma abordagem mais ambiciosa para consolidar as temáticas de sustentabilidade na sua organização e nas acções dos seus gestores.
Em média, os países fora da UE estão menos alinhados do que os países da UE. Uma média de 7,5 empresas em países não pertencentes à UE alinham totalmente as métricas de sustentabilidade com a remuneração do conselho de administração, em comparação com 8,7 empresas nos Estados-Membros da UE.
Este relatório baseia-se em dados recolhidos de 375 empresas cotadas em bolsa, originárias de 15 países da UE e fora da UE: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, França, Alemanha, Itália, Japão, Luxemburgo, Países Baixos, Espanha, Suécia, Reino Unido (RU) e Estados Unidos. Para além de inquiridos os executivos das empresas, foram também recolhidos dado de relatórios anuais, relatórios de compensação, e relatórios de sustentabilidade.