Quase 80% dos CEO estão preocupados com a resiliência das organizações perante ciberataques

Apesar de 96% dos CEO afirmarem que a cibersegurança é fundamental para o crescimento e estabilidade dos seus negócios, o novo relatório da Accenture demonstra que 74% revelam preocupações com a capacidade das suas organizações em evitar ou minimizar os danos causados por um possível ciberataque.

 

O relatório, intitulado “The Cyber-Resilient CEO”, baseia-se num inquérito a 1000 CEOs de grandes organizações a nível global. O estudo refere que 60% dos CEO afirmam que as suas organizações não incorporam a cibersegurança nas estratégias de negócio, serviços ou produtos desde o início, e mais de quatro em cada 10 (44%) CEOs acreditam que a cibersegurança requer uma intervenção episódica em vez de uma atenção contínua.

Além disso, apesar de 90% dos CEO afirmarem que consideram a cibersegurança um factor de diferenciação dos seus produtos ou serviços para os ajudar a criar confiança entre os clientes, apenas 15% realizam reuniões do conselho de administração dedicadas à discussão de questões de cibersegurança. Este desfasamento pode ser explicado pelo facto de a grande maioria (91%) dos CEO ter afirmado que a cibersegurança é uma função técnica da responsabilidade do CIO ou do director de segurança da informação.

O relatório da Accenture também sugere que a generative AI tem o potencial de introduzir um maior nível de ameaças avançadas à segurança, introduzindo novos desafios que, até mesmo as defesas cibernéticas que actuem segundo as melhores práticas, podem não abordar totalmente. Quase dois terços (64%) dos CEO inquiridos afirmaram que os cibercriminosos podem utilizar a IA generativa para criar ciberataques sofisticados e difíceis de detectar, tais como esquemas de phishing, ataques de engenharia social e hacks automatizados.

O estudo da Accenture identifica um pequeno grupo de CEO que se destacam na ciber-resiliência. Este grupo – a que a Accenture chama “cyber-resilient CEO” e que representa 5% dos inquiridos, utiliza uma lente mais ampla para avaliar a cibersegurança em todos os aspectos das suas organizações. As empresas lideradas por estes CEO detectam, contêm e corrigem as ameaças cibernéticas mais rapidamente do que as outras organizações.

Como resultado, os seus custos de ciberataque são consideravelmente mais baixos e o seu desempenho financeiro é significativamente melhor do que o das restantes empresas, alcançando, em média, um crescimento incremental das receitas 16% superior, mais 21% de melhorias na redução de custos e 19% de melhorias mais saudáveis no balanço.

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