Quer construir uma organizações sustentável? Saiba que, enquanto executivo, tem de possuir estas características

Um novo estudo da Accenture e do World Economic Forum revela as características que os executivos C-Suite devem possuir para construir organizações sustentáveis, que ofereçam valor duradouro e impacto equitativo aos seus colaboradores, clientes e às comunidades em que se inserem.

 

O relatório, Shaping the Sustainable Organization, demonstra que as intenções são amplamente superiores à capacidade das organizações para garantir o cumprimento dos objectivos ambientais, sociais e de governance (ESG). Para alcançar as metas de sustentabilidade, a Accenture e o World Economic Forum descodificaram o “ADN da sustentabilidade”, um conjunto de 21 práticas, sistemas e processos de gestão que constituem as bases da construção de uma política centrada nos stakeholders.

Peter Lacy, chief responsible officer e responsável global pela área de Sustainability Services da Accenture, afirma: «Os desafios ambientais e sociais do planeta já estão a impactar o mundo dos negócios. Mas o nosso estudo com o World Economic Forum revelou que as empresas que partilham o ADN da sua organização e liderança com os seus stakeholders, garantem desempenhos de sustentabilidade e criação de valor significativamente melhores».

Para avaliar o “ADN de sustentabilidade” em organizações de todo o mundo, a Accenture e o World Economic Forum criaram o Sustainable Organization Index (SOI)), que classifica cerca de 4000 empresas com base em evidências da utilização no mercado de práticas de apoio aos ESG em 146 áreas. As organizações no quartil superior do SOI demonstram um desempenho significativamente mais forte quando comparadas com aquelas com pontuações mais baixas ou menos consistentes. Em particular, as empresas com um “ADN de sustentabilidade” mais forte, alcançam em média, um aumento de 21%, tanto na margem EBITDA como no impacto ambiental e social.

De acordo com o relatório, a incorporação do ADN de sustentabilidade impulsiona, de três formas distintas, mudanças comportamentais ao longo de toda a organização – promovendo conexões humanas; potenciando a inteligência colectiva e impulsionando a responsabilidade a todos os níveis. No geral, as empresas tendem a ter pontuações mais altas nas categorias que capacitam e que aprofundam ”conexões humanas” (pontuação SOI média = 57), e que reflectem a sua capacidade de envolver os stakeholders, mas são mais fracas em áreas que constroem ”inteligência colectiva” (47), sugerindo alguma dificuldade das equipas de liderança na construção de uma política centrada nos stakeholders.

Em termos gerais, a pontuação média das empresas no SOI foi de apenas 52/100, sugerindo que a maioria tem potencial significativo para fortalecer seu “ADN de sustentabilidade”. O relatório defende três etapas que as organizações devem seguir para criar um ciclo de mudança que gere valor para todos os stakeholders:

  • Diagnosticar: Realizar uma avaliação de alto nível, através de ferramentas de diagnóstico, que revele as áreas de negócio onde o “ADN da sustentabilidade” é mais forte, mas também onde é necessário mais esforço.
  • Definir: Identificar, recolhendo informação de diversas fontes, as principais intervenções necessárias para atingir as metas de sustentabilidade da organização.
  • Desenvolver: Construir um roteiro baseado na visão da organização para a mudança, com um conjunto claro de KPIs para medir o sucesso no fortalecimento contínuo do “ADN da sustentabilidade”.

«O impacto abrangente da COVID-19 fez-nos entender que as organizações precisam de responder às necessidades de todos os stakeholders», afirmou o professor Schwab, fundador e presidente executivo do World Economic Forum. «Ao investir em práticas organizacionais que se mantêm, as empresas contribuem para o bem-estar social e para o bem comum, ao mesmo tempo que ficam em melhor posição para atingir as suas metas financeiras».

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