Randstad: A formação como factor fundamental para a competitividade

Num mercado de trabalho dinâmico e em constante transformação, a necessidade de actualizar os conhecimentos é cada vez mais evidentes para profissionais e empresas.

A Randstad considera que o investimento na formação é fundamental, quer para o desenvolvimento individual, quer para o sucesso da empresa como um todo. Por isso, adopta uma abordagem em que combina formação presencial, e-learning e workshops, com foco no desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais, seguindo uma lógica de desenvolvimento contínuo, ajustada aos desafios actuais e futuros do mercado de trabalho. Em entrevista à Human Resources, Ana Viçoso, manager Development & Outplacement da Randstad Portugal, explica como a empresa encara o tema da Formação.

 

Qual é o papel da Randstad enquanto consultora em formação dos colaboradores das empresas clientes e de que forma essa consultoria contribui para o sucesso das organizações?
A proximidade que todas as nossas equipas têm com os nossos clientes deixa-nos obviamente muito atentos a potenciais necessidades de desenvolvimento, seja por razões estratégicas, seja por razões operacionais. A Randstad, enquanto consultora de formação tem um profundo conhecimento sobre práticas e tendências, o que permite o desenvolvimento de programas bem concebidos, totalmente personalizáveis, de acordo com os objectivos específicos dos nossos clientes, e altamente eficazes. A nossa abordagem visa uma perspectiva imparcial para apoiar a identificação de oportunidades de melhoria, que podem inclusivamente não ser evidentes internamente. Implementamos igualmente metodologias para avaliação da eficácia das acções que desenvolvemos, para que possamos medir o resultado do nosso trabalho e o impacto destes programas nas equipas e na empresa.

 

Na vossa perspectiva, como se caracteriza a importância da formação/aprendizagem ao longo da vida para os profissionais e como é que a Randstad apoia nesse sentido?
Fundamental e premente. Na nossa perspectiva, a aprendizagem é uma consequência do pensamento e não da formação. Acontece, apenas e só, quando as pessoas reflectem e escolhem um novo comportamento. Mas se o ambiente de trabalho não apoiar esse comportamento, o resultado não será o esperado. Os comportamentos individuais numa organização são influenciados por muitos factores, e todos eles desempenham um papel importante na definição do comportamento. Defendemos que apenas uma avaliação organizacional minuciosa definirá as competências que os colaboradores precisam desenvolver e quais as condições necessárias para reforçar e manter essas competências depois de implementada uma solução de formação.

 

Em sectores em constante evolução, como é que a actualização contínua de conhecimentos influencia a empregabilidade dos profissionais?
Mais do que influenciar, diria que o lifelong learning é a única forma de assegurar a empregabilidade. Num contexto cada vez mais dinâmico, competitivo e em constante evolução, somos pressionados a manter-nos permanentemente actualizados em relação a tudo o que acontece na nossa realidade profissional.

 

De que forma a formação torna as empresas mais competitivas no mercado actual e como é que a Randstad promove essa vantagem competitiva junto dos seus clientes?
Reconhecer a importância da formação é fundamental para que as empresas se mantenham competitivas e enfrentem os desafios do mundo actual. Em learning organizations, a reinvenção está mais presente, as perspectivas ampliam-se e isso impulsiona o pensamento criativo e favorece a inovação.

Além disso, o tema do desenvolvimento de competências está a ganhar um peso cada vez maior junto dos profissionais, como comprovam os últimos resultados do Randstad Employer Brand Research 2024. O estudo revela que um quinto dos trabalhadores entrevistados considera que não lhe são dadas oportunidades de desenvolvimento suficientes, o que resulta numa maior tendência para abandonar o empregador (43%) face aos que têm oportunidades suficientes (15%).

A Randstad, enquanto empresa líder mundial no sector, capitaliza a sua experiência em gestão de talento e a proximidade às empresas com as quais trabalha, apoiando-as neste processo de se tornarem cada vez mais espaços onde os profissionais expandem continuamente o seu potencial e consequentemente atingem os resultados que esperam.

 

Como é que a formação pode influenciar a retenção de talento nas organizações, seja pela satisfação do colaborador ou mesmo por meio de upskilling ou reskilling?
Olhando para os resultados do Randstad Employer Brand Research 2024, vemos que ter oportunidades de qualificação e requalificação é importante para uma grande maioria dos trabalhadores portugueses (83%). E isto é algo que as empresas não podem ignorar já que estamos a falar da grande maioria dos profissionais entrevistados, ainda mais quando verificamos que a inteligência artificial está cada vez mais presente no mercado de trabalho.

Quando as empresas promovem e favorecem uma cultura de formação, a retenção de talento é influenciada positivamente. Os colaboradores tendem a valorizar e a permanecer em empresas que se preocupam com o seu desenvolvimento e crescimento profissional e que asseguram as ferramentas necessárias para serem bem-sucedidos nas suas funções actuais e/ou futuras.

 

Qual é a relação entre formação e engagement dos colaboradores e como é que a Randstad o fomenta através de programas de desenvolvimento?
Por si só, os programas de desenvolvimento demonstram que existe um compromisso real da empresa em fomentar o crescimento profissional dos seus colaboradores e isso faz com que se sintam mais envolvidos e motivados. Se aliado aos programas de formação, as empresas conseguirem oferecer caminhos claros para os colaboradores seguirem à medida que evoluem nas suas carreiras, temos as condições reunidas para potenciar este engagement e para que atinjam mais e melhores resultados.

A Randstad para além de actuar a este nível, pode também apoiar as empresas nos seus processos de mobilidade interna, desenhando planos de carreira que aproximem os profissionais das suas posições desejadas e trabalhando individualmente este caminho.

 

Qual é o papel da tecnologia na oferta de programas de formação? De que forma a Randstad incorpora inovações tecnológicas nos seus processos de aprendizagem?
A tecnologia veio aumentar a eficiência e a adaptabilidade dos programas de formação. Nos nossos processos de aprendizagem utilizamos as plataformas de e-learning, o microlearning, as plataformas colaborativas e somos bastante apologistas do blended learning, combinando a formação presencial com a formação online.

 

Como é que a Randstad avalia o impacto dos programas de formação nos resultados das empresas clientes e nos percursos profissionais dos colaboradores?
Pretendemos sempre assegurar que o investimento nos nossos programas de formação gera os resultados desejados a curto e médio prazo, e por essa mesma razão, combinamos várias metodologias para conseguirmos uma visão mais abrangente e precisa do impacto das acções que desenvolvemos. Medimos o grau de satisfação através de questionários de feedback, analisamos as mudanças de comportamento através da observação e da auto percepção, medimos resultados organizacionais relacionados com a acção desenvolvida e estabelecemos com os nossos clientes processos contínuos de feedback e acompanhamento, o que acaba também por motivar os colaboradores a se envolverem activamente no seu processo individual de desenvolvimento.

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Formação” publicado na edição de Junho (n.º 162) da Human Resources.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

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