Recordati: Pode o bem-estar aumentar a produtividade dos colaboradores?

Para a Recordati, o bem-estar e a saúde dos seus colaboradores é uma prioridade e o segredo do sucesso está na personalização.

A Recordati assume-se como uma referência no sector farmacêutico e reforça o seu compromisso com o bem-estar dos colaboradores através de políticas estruturadas e práticas inovadoras. Ana Teresa Porfírio, directora de Recursos Humanos da empresa, começa por explicar a forma como a filosofia de bem-estar está integrada na cultura organizacional.

«De forma holística, desenvolvemos um ambiente onde os colaboradores possam atingir o seu potencial máximo», considera a responsável. Nesse sentido, a empresa baseia a sua filosofia de bem-estar em três pilares fundamentais: saúde física, saúde mental e desenvolvimento profissional. Para garantir a saúde física, a farmacêutica introduziu iniciativas, como o transporte directo para os colaboradores, sobretudo devido às limitações de mobilidade no período pós-pandemia.

Adicionalmente, e em resposta ao aumento significativo do preço dos combustíveis, a empresa decidiu atribuir um subsídio extraordinário a todos os colaboradores que utilizam uma viatura particular. «Esta abordagem holística não só melhora a satisfação e a motivação dos colaboradores, como contribui para um ambiente de trabalho mais harmonioso e colaborativo», realça. A directora de Recursos Humanos sublinha, ainda, que a empresa acredita que colaboradores saudáveis, física e mentalmente, «são mais capazes de contribuir de forma positiva e eficaz para o sucesso global da organização».

 

Iniciativas, impacto e estratégia
No que respeita à estratégia de wellbeing adoptada, Ana Teresa Porfírio garante que a organização está a apostar, fortemente, na promoção do bem-estar dos seus colaboradores ao incluir práticas personalizadas. «A estratégia adoptada pela Recordati para promover a saúde e o bem-estar dos seus colaboradores é abrangente e cuidadosamente estruturada », refere, acrescentando, em seguida, que a empresa vai além das práticas tradicionais ao «incorporar iniciativas inovadoras que visam o equilíbrio integral dos seus colaboradores».

Outra das prioridades para Recordati é a criação de um ambiente inclusivo para que todos os colaboradores possam sentir-se valorizados e apoiados. A empresa acredita que uma abordagem personalizada de bem-estar, que reconhece e respeita as diferentes necessidades e preferências dos colaboradores, é essencial para promover um ambiente de trabalho positivo e produtivo. «Este compromisso com o bem-estar reflecte-se em todos os níveis da organização, desde as políticas de recursos humanos até à forma como a empresa comunica e interage com os seus colaboradores», destaca.

Entre os principais programas de bem-estar, destacam-se a promoção de um ambiente de trabalho flexível e o apoio ao desenvolvimento profissional. «Na área da saúde física, destacamos o protocolo com ginásio, a organização de caminhadas e corridas, e torneios de padel e golf», revela. Além disso, para o apoio à saúde mental, a Recordati disponibiliza serviços de apoio psicológico e workshops sobre os temas de gestão de stress e mindfulness.

Paralelamente, a farmacêutica também investe no desenvolvimento pessoal dos seus colaboradores. «Oferecemos planos individuais de desenvolvimento e formação customizada, bem como oportunidades de crescimento na carreira», menciona a responsável. «Este investimento no desenvolvimento profissional contribui para o bem-estar geral dos nossos colaboradores», complementa.

No que ao worklife balance diz respeito, a empresa reconhece a sua importância e oferece, por isso, opções de trabalho flexível, como teletrabalho e horários de trabalho ajustáveis às necessidades dos trabalhadores. Para além disso, disponibiliza um conjunto de serviços e de especialistas em diversas áreas para darem suporte aos colaboradores e às respectivas famílias para gerirem melhor os assuntos do dia-a-dia.

Para avaliar o sucesso das iniciativas, Ana Teresa Porfírio afirma que a Recordati utiliza várias ferramentas. «Medimos o impacto das nossas acções através de questionários de satisfação, avaliações de desempenho e análise de métricas de saúde, como o absentismo». Estas ferramentas permitem à empresa farmacêutica monitorizar o impacto das suas iniciativas e, em simultâneo, ajustar as suas estratégias caso seja necessário. Em seguida, acrescenta que a empresa realiza, também, estudos de clima organizacional para compreender melhor as necessidades e as preocupações dos colaboradores.

 

Colaboradores, desafios e tendências
Questionada sobre a forma como integram as melhores práticas e tendências do bem-estar corporativo, a directora de Recursos Humanos menciona que a Recordati investe, continuamente, em iniciativas que visam assegurar um ambiente de trabalho saudável e produtivo. «Em primeiro lugar, o nosso foco passa pela auscultação das preocupações e/ou necessidades das nossas pessoas e pela forma como pode estar a impactar o seu dia-a-dia de trabalho. Actuamos, ajustamos e criamos políticas e estratégias para mitigar essas situações», conta.

Ainda sobre este tópico, a responsável acrescenta que a Recordati participa em eventos sobre o bem-estar no trabalho para avaliar a eficácia das suas políticas. «Procuramos manter-nos actualizados em relação às melhores práticas e tendências de bem-estar corporativo através da participação em conferências, workshops e seminários sobre o bem- -estar no trabalho», revela. Além disso, participam em redes e associações que promovem o bem-estar corporativo, o que «permite à empresa partilhar e aprender com outras organizações».

No que respeita ao feedback dos colaboradores, a empresa valoriza as opiniões dos seus profissionais e considera-as indispensáveis para ajustar a sua estratégia de bem-estar. «Este feedback é fundamental para a empresa ajustar as suas estratégias e introduzir novas iniciativas que atendam melhor às necessidades dos colaboradores», sustenta.

Já sobre a forma como a Recordati obtém esse feedback, Ana Teresa Porfírio esclarece que são realizados estudos de clima e satisfação e criados grupos de discussão e reuniões para recolher opiniões. A empresa acredita, ainda que «a comunicação aberta e contínua com os colaboradores é essencial para garantir que as iniciativas de bem-estar são eficazes e bem recebidas». Quanto às áreas de bem-estar mais valorizadas pelos colaboradores, a directora destaca o worklife balance e o desenvolvimento profissional: «Os colaboradores consideram que a possibilidade de gerir o seu tempo de forma flexível e o desenvolvimento individual e de carreira são fundamentais para o seu bem-estar global». Em seguida, destaca a importância dos programas que promovem o bem-estar emocional, dado «o impacto directo que estas iniciativas têm na sua qualidade de vida e produtividade».

Em relação aos desafios, a Recordati aponta a necessidade de garantir a acessibilidade e inclusão de todos os colaboraores. «Um dos principais desafios é garantir que as iniciativas de bem-estar sejam inclusivas e acessíveis a todos os colaboradores, independentemente da sua função ou localização geográfica». Além disso, há uma necessidade da organização dar resposta às necessidades individuais e manter os colaboradores motivados. «Outro desafio é a adaptação das políticas às necessidades individuais dos colaboradores, que podem variar significativamente. Por fim, não nos limitamos às ‘modas’ e pressões externas quando o que deve ser o nosso foco é a nossa realidade e aquilo que é valorizado pelos nossos colaboradores», atira.

Questionada sobre a importância das políticas de bem-estar para a produtividade da empresa, Ana Teresa Porfírio responde que «as políticas de bem-estar revelam-se, extremamente, importantes para a produtividade da empresa. Colaboradores que se sentem valorizados e cuidados tendem a ser mais motivados, comprometidos e produtivos». Em seguida, refere que estas políticas contribuem para a redução do absentismo e a melhoria do desempenho global. «Investir no bem-estar não só melhora a qualidade de vida dos colaboradores, como também resulta em benefícios tangíveis para a empresa, como a retenção de talentos e a melhoria da performance organizacional», constata.

Para o futuro, a Recordati planeia continuar a apostar numa estratégia personalizada: «Estamos comprometidos em continuar a adaptar as nossas políticas às necessidades em constante mudança dos colaboradores, garantindo que as nossas estratégias de bem-estar permanecem relevantes e eficazes». Por fim, a empresa encara a estratégia de bem-estar como um caminho para ser feito ao longo do tempo. «Vemos o bem-estar como uma jornada contínua e dedicamo-nos a melhorar constantemente as nossas práticas para garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo para todos os nossos colaboradores », conclui a profissional.

 

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Well-Being” publicado na edição de Agosto (n.º 164) da Human Resources.

Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.

Ler Mais