Reengenharia Organizacional, não é só processos… é satisfação das pessoas!
Por António Saraiva, Business Development manager, ISQ Academy
A Reengenharia Organizacional é, no fundo, uma estratégia fundamental para o aumento da eficiência e sucesso dos resultados de uma organização. Por via da mesma os processos são reestruturados, logicamente em função do aumento da produtividade, mas sem deteriorar a qualidade de qualquer produto ou serviço oferecido ao Mercado.
Mas esta é tão só uma definição possível, apesar de algo redutora, pois quando falamos de reengenharia a sua abrangência deverá ser bem maior do que ao nível dos processos de trabalho. Ao adoptá-la devemos ter em conta a importâncias das equipas. É, pois, uma excelente oportunidade de desenvolvimento de pessoas. Sendo uma abordagem que historicamente se atribui a Michael Hammer e James Champy, na década de 1990, muito se tem escrito e aplicado até hoje, sempre que se pretende efectivamente transformar a rotina das organizações.
Os benefícios são claros, indo desde a tal revisão de processos e a avaliação das actividades e recursos que lhe são afectos, até à diminuição de custos. Mas passando, ainda, pela melhoria de resultados e aumento da produtividade ou em melhorar processos administrativos. Mas um dos aspectos vitais está consignado à possibilidade de se agilizar a execução de determinadas funções e se diminuírem riscos nessa execução. No fundo, pretende-se estimular o crescimento da organização, com base em maior eficiência e eficácia, mas uma gestão do risco mais objectiva.
Há, pois, uma lógica clara de se atingir maior agilidade organizacional, com foco claro em atividades de valor acrescentado. É uma decisão de alteração ao paradigma de posicionamento no mercado, aumentando a capacidade de adaptação às expectativas e necessidades dos clientes. Mas não é estranho a toda esta estratégica, naturalmente, a racionalização de recursos de diversa ordem que, também, inclui a optimização dos tempos de execução dos processos, decisão de maior digitalização e eliminação de qualquer tipo de desperdício, ou mesmo dispersão de objectivos. Há, pois, aqui uma preocupação de maior modernização estrutural. Ou seja, melhores práticas de gestão, novos sistemas e tecnologias, assim como potenciarem-se bases de conhecimento, para além de respostas mais adequadas a exigências emergentes, incluindo as componentes de sustentabilidade, seja ambiental ou outra.
Mas muita da importância da Reengenharia Organizacional, como não pode deixar de ser, tem um pilar essencial: as pessoas, e a respectiva gestão das mesmas. O reequacionar funções face às desafios actuais é apenas uma das preocupações. Decisões sobre a necessidade do exercício de actividades de valor acrescentado, com resultados mensuráveis e enquadráveis numa nova realidade, mas em que se gere maior responsabilização, mas acima de tudo sentimentos de verdadeira realização profissional.
No fundo, uma estratégia de Reengenharia Organizacional não passa exclusivamente por uma decisão de gestão, se bem que vital, mas acima de tudo que se congregue o envolvimento e compromisso de todas as pessoas, gerando maior satisfação e resultados de maior sucesso. É uma estratégia acima de tudo de leitura da realidade, de coragem para avançar, mas mais que tudo garantir a sustentabilidade da organização perante os desafios atuais.