RH são barreira à liderança da China

Segundo um estudo da Boyden, organização de Executive Search, a ineficaz gestão dos recursos humanos impede a China de atingir a liderança da economia mundial. As conclusões foram apresentadas na AESE, Escola de Direcção e Negócios, em Lisboa.

“Apesar da crescente importância da China no plano internacional, os executivos chineses encontram-se ainda numa situação que os torna incapazes de exercer o controlo suficiente para dominar o cenário económico global”, explicou Brian Renwick, Managing Director da Boyden China na sessão de apresentação na AESE. E acrescentou: “Será necessária uma transformação interna nas organizações chinesas, directamente relacionada com a gestão do Talento e da Liderança. A capacidade da China alcançar o seu potencial na economia global depende inteiramente de uma liderança estratégica de Recursos Humanos de máxima qualidade”.

Por outro lado, é preciso tempo para que as empresas estrangeiras consigam criar uma relação com as suas congéneres chinesas. “A China vai permanecer como o mais difícil desafio para qualquer empresa global mas está a dar origem a uma revolução na Gestão a nível global. A China vai desenvolver, em breve, um conjunto de executivos orientados para actuar a nível global mas as empresas ocidentais têm necessariamente de desenvolver ligações internacionais. Isto requer tempo, confiança e compromisso”, garantiu Brian Renwick.

O estudo “The Boyden Report: China” tem por base uma série de entrevistas a CEOs chineses, gestores ocidentais, responsáveis consulares e académicos. A sua apresentação teve lugar numa sessão dedicada à temática “Multiculturalismo: Contributo da China para a economia global”, organizada no âmbito do Programa de Continuidade dos Alumni da AESE – Escola de Direcção e Negócios.