Sabseg. Employee Experience: A importância da promoção do bem-estar

Nos últimos anos, movimentos como “Quiet Quitting”, “Great Resignation”, entre outros, colocam à gestão de recursos humanos enormes desafios quanto a novas abordagens para melhorar a proposta de valor, atrair e reter talento.

 

Por: Sofia Pereira, directora de Recursos Humanos da Sabseg

 

As empresas sentem necessidade de se destacarem e assegurar que são reconhecidas como um empregador com políticas atractivas, pois um candidato, quando tem de decidir em relação ao seu futuro profissional, entre propostas semelhantes de valor e funções, tende a valorizar a existência de benefícios, e estes podem ser o factor determinante na hora de decidir.

Com o cenário macroeconómico actual, a inflação elevada provocou diminuição do poder de compra, o que obriga muitos trabalhadores a alterar o seu estilo de vida, reajustando as despesas e cortando gastos considerados “supérfluos” em actividades como mensalidades com ginásio, etc. Assim, os gestores de recursos humanos sentem necessidade de concentrar esforços para criar ambientes de trabalho saudáveis, diversos e inclusivos, com políticas que estimulem o bem-estar holístico das suas equipas, que se tornam naturalmente mais produtivas e a organização mais competitiva. É por isso crucial assegurar uma cultura onde iniciativas que contribuam para promover a saúde física, mental e emocional são priorizadas e o bem-estar das pessoas constitui uma preocupação genuína, pois é a experiência que determina a permanência na empresa.

Na hora de decidir como remunerar e premiar os trabalhadores, de modo que estes se sintam motivados e envolvidos, passou-se a considerar a atribuição de benefícios flexíveis para além do vencimento. A existência destes benefícios contribui para atrair, reter e recompensar, pelo que, conscientes desta realidade, muitas organizações colocam à disposição dos seus funcionários uma oferta diversificada de benefícios que podem ir desde: atribuição de cartão de refeição, viatura da empresa, comparticipar despesas com educação, cheques infância, ginásio, consultas de nutrição, despesas com tecnologia, atribuição de seguro de vida, planos de seguros de saúde que podem ser extensíveis ao agregado familiar, a atribuição de benefícios financeiros abrangentes desde a promoção de acções de literacia financeira, pois sabemos que lidar com dificuldades financeiras impacta a produtividade e a saúde mental, a atribuição de planos de pensão, de assistência financeira, PPR, subsídios para a utilização de meios de transporte público, programas de car sharing, flexibilidade horária e licenças sabáticas, entre outras.

Alguns destes benefícios, como a oferta de seguro de saúde, é um must have, mas o que importa é assegurar uma selecção criteriosa e adequada ao que é valorizado pelos colaboradores com a certeza de que a existência de um pack de benefícios atractivo pode ser um game changer na hora de reter talento.

 

Este artigo foi publicado na edição de Abril (nº. 160) da Human Resources.

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