Saiba como o Governo está a preparar o relançamento da economia

Na sequência da reunião realizada ontem com economistas e académicos, o Governo já veio confirmar que o próximo passo é a abertura gradual da economia. Mas o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, alerta que há muitas incertezas e admite que o impacto vai ser severo.

 

«Não sabemos ainda exactamente, qual vai ser o impacto real, nestes meses próximos, daquilo que é a contracção da actividade económica, mas sabemos que vai ser severo, e que vai ter impacto no Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano» referiu Pedro Siza Vieira.

Durante a reunião, que durou mais de mais de nove horas, António Costa e o ministro da Economia ouviram primeiro, os responsáveis pelas previsões económicas em Portugal para traçar o diagnóstico possível. Depois disso ouviram contributos de mais de 20 académicos e economistas que vão ajudar a tentar traçar caminhos possíveis para a recuperação, mas o Governo não se quis comprometer com datas.

«O próximo passo vai ser ir abrindo gradualmente estas medidas com a protecção suficiente para que os cidadãos tenham a confiança, que não tem a resposta apenas nos serviços de saúde, mas sobretudo têm a capacidade de se proteger e de proteger os outros num contexto social. Alguns sectores serão impactados de uma forma diferente, de outros e por isso temos de ter medidas que já não indiferenciadas e dirigidas a toda a economia mas pensando nos impactos que vão surgir em cada sector», afirmou o Ministro da Economia.

Pedro Siza Vieira revelou ainda que a nacionalização da TAP ainda está em cima da mesa. «É óbvio que o Estado vai continuar a acompanhar a situação da TAP, vai assegurar a sua continuidade, e os mecanismos e os instrumentos que temos à nossa disposição para assegurar essa continuidade são os mais diversos.»

Depois dos economistas, o Governo vai ouvir também os parceiros sociais, patrões e sindicatos, esta quarta-feira, em São Bento.

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