Se faz jejum intermitente, tenha cuidado com os riscos associados
Segundo uma investigação da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, nos Estados Unidos, o jejum pode comprometer a capacidade de o sistema imunitário combater infecções, o que, por seu turno, pode levar a um aumento do risco de doenças cardíacas ou até cancro, avança a CNN.
A conclusão surgiu depois de ter sido analisado o impacto do jejum em ratos de laboratório, fosse ele de apenas algumas horas (como acontece com a janela de tempo entre o jantar e o pequeno-almoço) ou de um dia inteiro.
De acordo com a publicação, para esta avaliação, foram comparados dois grupos de ratos através de colheitas de sangue feitas em jejum e quatro e oito horas depois da primeira refeição do dia. Os animais foram divididos num grupo que tomava o pequeno-almoço assim que acordava e noutro que saltava esta primeira refeição do dia, fazendo do almoço o início do dia alimentar ou somente tomava o pequeno-almoço no dia seguinte.
Comparados os dados, os cientistas notaram diferenças a nível de monócitos nos ratos que jejuavam. Os monócitos são o maior tipo de leucócitos com a capacidade de combater infecções e algumas doenças, como as cardíacas e o cancro.
Estes glóbulos brancos caem a pique (mais de 90%) à medida que as horas sem comer passam, além de que a produção de novos fica também reduzida, concluem os cientistas.
Os autores do estudo são cautelosos ao dizer que o jejum é prejudicial para todas as pessoas, uma vez que foram feitos outros estudos que mostram potenciais benefícios, mas defendem uma maior consciencialização e até acompanhamento na hora de mudar o regime alimentar.