Sete conselhos de gestores para ter sucesso em 2020

O próximo ano aproxima-se a passos largos e os gestores já estão a pensar em 2020 e a delinear estratégias para que os próximos 12 meses sejam de sucesso. Segundo adianta o jornal Expansión, o contexto não será o mais fácil, antecipando-se um abrandamento do crescimento económico. Partindo desta previsão, os gestores consultados pela publicação espanhola deixam sete conselhos para quem planeia investir:

 

1 – Investir a pensar no longo prazo. Com excepção dos casos em que a especulação guia o investimento, o conselho passa por pensar no longo prazo na hora de escolher os produtos ou empresas em que investir. Note-se, porém, que será preciso assumir algum risco para ter retorno.

Para Luis de Blas, co-fundador da Valentum, a renda variável é o melhor activo para o longo prazo, com um retorno anual na ordem dos 10% nos últimos 50 anos (índice S&P 500): «Se é um investidor conservador, tem de entender o mundo em que vai investir. Já não se pode pensar em termos de conta corrente», acrescenta David Ardura, director de gestão da Gesconsult. O investidor deve estar disponível para aceitar alguma volatilidade e ampliar o prazo de investimento, uma vez que quanto maior o prazo, maior o retorno;

2 – Não assumir mais risco do que o que se consegue comportar. Apesar de o risco fazer parte do investimento, não se deve assumir um risco maior do que aquele que se consegue comportar. É importante diversificar mas não perder de vista o perfil de investidor em que cada pessoa se enquadra;

3 – Ser selectivo e aproveitar as quebras. Decidido que se quer investir na bolsa, é importante seguir algumas recomendações, nomeadamente evitar empresas com avaliações muito elevadas na sequência de taxas juros baixas. Juan Bertrán, sócio fundador da Cartesio Inversiones, sugere sectores como petróleo e energia ou bancos. Por seu turno, Luis de Blas aponta para empresas “fora de moda”, com boas direcções, resultados sólidos e elevado fluxo de caixa;

4 – Cuidado com a renda fixa. Juan Bertrán aconselha a que se evitem as rendas fixas, uma vez que a rentabilidade que oferecem é nula ou negativa. O melhor activo para proteger o capital é a liquidez, especialmente num contexto que os activos financeiros estão, no geral, mais caros;

5 – Evitar activos ilíquidos. Os gestores contactados pelo Expansión mostram-se cautelosos relativamente a activos ilíquidos (ou brutos). «Há que ter muito cuidado com investimentos em activos ilíquidos ou de difícil venda em fases de forte volatilidade», adianta Emilio Ortiz, director de Investimentos na Mutuactivos. Segundo este responsável, é preciso ter atenção também a novos modelos de negócios que, apesar do forte crescimento, não demonstraram a sua viabilidade e rentabilidade a longo prazo;

6 – Ter paciência. A paciência parece ser uma das palavras-chave quanto o tema é investimento. Uma vez mais, o conselho passa por investir a longo prazo, seja em 2020 ou em qualquer outro ano. Segundo David Ardura, o investidor que ganha mais dinheiro é aquele que tem capacidade de gerir o seu investimento com um horizonte temporal amplo e abstrair-se do ruído diário (especialmente alto actualmente). «Os grandes retornos constroem-se a longo prazo», sublinha;

7 – Investir através de fundos para diversificar. Uma boa estratégia poderá ser investir através de fundos porque estes são o veículo mais eficiente tanto a nível fiscal como financeiro. Neste caso, o segredo passa por escolher um bom gestor, que saiba escolher as soluções mais rentáveis. Emilio Ortiz aconselha fundos de renda fixa que invistam em activos líquidos de baixa duração, bem como fundos de renda variável e diversificados. A última sugestão passa por fundos mistos e disciplinados no que concerne a gestão de risco.

Fonte: Executive Digest

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