Sete razões que explicam porque (e como) as startups estão a ganhar a competição pelos melhores profissionais às grandes empresas

Nos últimos 12 meses, registou-se um grande crescimento do número de trabalhadores nas startups, com mais 50% dos trabalhadores a ponderarem ir trabalhar para uma.

 

À medida que a competição pelo talento se trava, François-Pierre Puech, director da Robert Walters Portugal. partilhou os seus pensamentos sobre o porquê das startups estarem lentamente mas seguramente a ganhar a batalha pelo talento.

 

1. O acelerador de carreira
Com estruturas relativamente planas e “Hands-on Founders & CEO’s”, os novos colaboradores podem encontrar-se alinhados na equipa de liderança sénior desde o primeiro dia.

Ao assumir várias responsabilidades diferentes e trabalhar em estreita colaboração com os membros séniores da equipa, os ambientes de startup permitem-lhe provar o seu valor desde cedo, bem como uma oportunidade para o seu trabalho ser reconhecido se tiver tido um impacto directo no negócio.

Ao contrário das estruturas corporativas, os líderes poderão ver claramente o seu envolvimento nas fases iniciais de um projecto até à conclusão, e como resultado, a taxa de avanço nas startups tende a ser muito mais rápida.

Não é, portanto, surpreendente constatar que mais de metade dos profissionais (52%) estariam dispostos a aceitar um corte salarial e a começar a trabalhar numa startup, se tivessem uma oportunidade de progredir muito mais rapidamente do que fariam dentro de uma empresa.

 

2. Mentalidade de escala
As startups são projectadas para ter um elevado potencial de crescimento, em média, as decisões são processadas quatro vezes mais rapidamente numa startup do que dentro de uma grande empresa.

A mudança e o ritmo acelerado de uma startup manterão os colaboradores em alerta, encorajando-os a desenvolver novas competências à medida que vão avançando.

Alguns líderes das startups argumentam que estas lições de negócio no trabalho são, de facto, melhores do que um MBA. O inquérito da Robert Walters revelou que 33% dos profissionais estão a deixar os seus empregos corporativos para «experimentar algo novo», com mais 15% a procurar requalificar.

 

3. Cultura
Ser membro da equipa de uma startup traz grandes responsabilidades. Não importa qual seja o seu título, o seu trabalho terá impacto no crescimento e sucesso da empresa, por sua vez, isso vai fazer com que sinta que o trabalho que está a fazer tem um propósito real e será uma grande motivação.

De facto, um terço dos profissionais (34%) afirma que a razão pela qual se mudam para uma startup é para fazerem um trabalho desafiante e interessante, com muitos a afirmarem que as competências que adoptam na auto-gestão e na prioridade de tarefas passam depois para a sua vida pessoal.

Trabalhar para uma startup de crescimento rápido pode ser uma experiência intensa, por isso vai inevitavelmente tornar-se mais proactivo e ambicioso fora do trabalho também. Estará constantemente a pensar em como melhorar as coisas, estar mais atento aos problemas e como resolvê-los, e tornar-se mais aberto a novas culturas e formas de pensar. Também vai aprender a amar desafios e até mesmo a procura deles!

 

4. Espírito de equipa
Quase metade dos profissionais (42%) afirma que o valor mais importante quando se procura um futuro local de trabalho são «colegas e cultura que os inspiram a dar o seu melhor» – é por isso que a cultura da empresa em startups é algo a ser valorizado.

As startups tendem a fomentar um ambiente próximo e colaborativo, que encoraja as pessoas a ajudarem onde podem em tarefas fora das suas atribuições originais.

Estará rodeado de pessoas altamente trabalhadoras, talentosas e ambiciosas dispostas a fazer o impossível. Há uma enorme motivação para aprender com os outros e contribuir com o seu próprio conhecimento e experiência.

As startups muitas vezes favorecem uma estrutura fluida sobre uma rígida hierarquia de inspiração corporativa, permitindo uma discussão aberta e cooperação entre todos os membros da equipa. Cerca de 30% dos profissionais afirmam que a coisa mais apelativa numa startup é a estrutura de gestão aberta e eficaz.

 

5. Diversidade em todos os sentidos
As startups têm o foco central em encontrar os melhores talentos que podem ajudar a alcançar os seus objectivos ambiciosos, e como resultado remover qualquer tipo de barreiras socioeconómicas ou geográficas para encontrar as suas estrelas.

Como resultado de uma startup, não é de estranhar que se depara com todo o tipo de colegas de trabalho, desde todo o tipo de nacionalidades, origens e ideologias, e devido à pequena natureza das equipas haverá naturalmente um amplo cross-over a trabalhar com colegas com diferentes conjuntos de competências ou estilos de trabalho. Este forte ambiente multicultural pode abrir a sua mente para além do trabalho e das tarefas.

A diversidade de tarefas ajuda-o a desenvolver novas competências muito rapidamente, além de que muitas vezes estará a aprender directamente com o fundador da empresa e/ou colaboradores seniores.

 

6. Inovação
As startups são diferentes das empresas tradicionais, principalmente porque se baseiam numa inovação disruptiva, criada para resolver um “problema” percebido no mercado.

Juntar-se a uma startup significa adoptar uma mentalidade “fora da caixa”, uma capacidade de ser criativo com pequenos orçamentos e menos recursos. A autonomia não é considerada uma regalia dentro de uma startup, mas um dado adquirido, na verdade, é a razão pela qual 28% dos profissionais deixam um emprego empresarial para se juntarem a um negócio recém-estabelecido.

 

7. Estratégia de saída
Muitas startups têm em mente uma “estratégia de saída”, o que significa que os colaboradores vão trabalhar com um prazo ambicioso desde o início. 

Numa startup, o trabalho árduo pode pagar às vezes 10x o valor que um colaborador obteria em bónus corporativos anuais dentro de 5-7 anos, após se juntar a uma startup de crescimento rápido. 

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