Sete sinais de que uma entrevista de emprego correu bem, segundo um especialista de Recursos Humanos

É muito comum os candidatos não terem a certeza sobre como correu uma entrevista de emprego. As pessoas ficam nervosas e inseguras e a linguagem corporal não é fácil de interpretar quando conhecemos alguém pela primeira vez. Michael Doolin, especialista em RH, partilha com o Business Insider sete sinais de que uma entrevista foi bem-sucedida.

Preparar-se é a melhor forma de mitigar o risco de uma entrevista correr mal. Antes de entrar na sala, certifique-se de que está confiante na sua preparação e em si mesmo.

Nem sempre é possível confiar no instinto para avaliar se correu tudo bem. «Na minha experiência, diria que está certo 50% das vezes», revela Michael Doolin, especialista em RH há 36 anos, que trabalhou em empresas como a PwC, British Airways e DPD. E deixa sete sinais de que uma entrevista foi bem-sucedida.

Recebeu a oferta de emprego

O melhor sinal de que uma entrevista correu bem – e raramente acontece – é oferecerem-lhe o emprego ou a oportunidade no final da reunião.

Linguagem corporal positiva

Outro sinal subtil de que uma entrevista correu bem é a linguagem corporal dos entrevistadores e a forma como se relacionam com o candidato. O tom geral e o comportamento dos entrevistadores no final da entrevista podem, por vezes, fornecer pistas.

Uma boa linguagem corporal inclui sorrir, rir, fazer piadas e estar envolvido e curioso sobre o que o candidato está a dizer. A linguagem corporal não é, no entanto, um sinal definitivo. As pessoas podem ser bons actores.

Ter uma boa ligação com o entrevistador

Ter uma boa ligação com o entrevistador sugere que as coisas correram bem.

«Quando dou entrevistas, normalmente faço uma primeira pergunta divertida para aliviar o ambiente, como “Que equipa de futebol apoias?”. Vejo imediatamente os rostos das pessoas iluminarem-se ou sorrirem. Sabem que não estou interessado no futebol, mas é uma forma de os fazer falar e desmistificar o processo», conta Michael Doolin.

E realça que um candidato está a ser entrevistado desde o momento em que entra no edifício. «O segurança, a recepcionista, os colegas que te atendem e cumprimentam. Eles falam com os entrevistadores por isso, se te saíres bem, podem transmitir essas impressões.»

Se for uma entrevista virtual, o seu background conta uma história, por isso mantenha-o profissional, «nunca no quarto ou na cozinha».

A entrevista durou mais do que o previsto

Se uma entrevista durar mais tempo do que o previsto, normalmente, é um bom sinal, uma vez que é o empregador que controla a duração da reunião.

Uma conversa longa pode indicar um envolvimento genuíno, curiosidade e vontade de conhecer melhor o candidato. Mas, na verdade, uma boa entrevista não deve durar mais de 50 minutos. O entrevistado deve falar 80% do tempo e o entrevistador 20%.

Fez as boas perguntas ao entrevistador

Os candidatos fortes vêm geralmente preparados com perguntas. Michael Doolin revela que cada candidato deve fazer duas perguntas para que tudo corra bem.

«Em primeiro lugar, “Se eu tivesse a sorte de ocupar este cargo, que conselhos me daria para começar?”. Isto fará com que o entrevistador fale e dará uma melhor visão da função. A segunda questão é: “Como seria avaliado nesta função?”.»

Ainda assim, o especialista considera que o mais importante é o candidato ter as suas próprias respostas prontas: «esteja pronto para oferecer exemplos de como trabalharia na função, como gostaria de ser avaliado no trabalho e até que ponto corresponde às respostas que eles dão. Esta é mais uma oportunidade de promover o seu valor.»

Ser questionado sobre o período de aviso prévio

Ser questionado sobre o período de aviso prévio ou disponibilidade para outra entrevista tende a indicar que estão a pensar contratar esse candidato. Um bom entrevistador, no entanto, deve ter esta informação antes da reunião.

O entrevistador causou-lhe uma boa impressão

Uma entrevista funciona nos dois sentidos e é uma oportunidade de determinar se o local de trabalho é adequado para o candidato. Se se sentir alinhado com o local de trabalho e com os entrevistadores, há uma maior probabilidade de o ajuste ser perfeito e o sentimento ser mútuo.

Pode fazer perguntas que ajudarão a resolver isso. Michael Doolin sugere questões como «Quais são as três palavras que melhor descrevem este local de trabalho e porquê? Porque é que o colaborador que ocupava a posição saiu? Porque é que devo juntar-me a esta empresa?».

Não invista demasiado

Uma entrevista pode ter corrido bem à mesma sem resultar numa oferta de emprego. Surgem por vezes candidatos de igual valor e os empregadores podem tomar decisões com base em factores mais subjetivos, como com quem mais se identificaram.

«Tudo acontece por uma razão. Aconselho sempre as pessoas a não se envolverem demasiado emocionalmente no processo de entrevista», conclui o especialista.

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