Super Bock Group aposta no empreendedorismo e inovação e apresenta novo projecto no Beato Innovation District

A primeira cervejeira da marca Browers, localizada no ecossistema empreendedor do Beato Innovation District, foi oficialmente inaugurada esta semana, no dia 2 de Julho. A Browers Beato junta uma microprodução de cerveja, um restaurante, concessionado pela parceria com a Plateform, e uma área para eventos e workshops culturais e cervejeiros.  Prevê-se que, quando estiver em “velocidade de cruzeiro”, este projecto proporcione a criação de várias dezenas de postos de trabalho.

 

O Bowers Beato é um espaço com aproximadamente 700 metros quadrados, gerido pela The Browers Company, um spin off do Super Bock Group que investiu mais de 3,5 milhões de euros neste projecto. Rui Lopes Ferreira, CEO do Grupo, destacou que «é um projecto ambicioso, que reforça a presença em Lisboa. Traz um conceito novo que combina muito bem a expertise no mundo cervejeiro com inovação e experiências diferenciadoras, e através das três valências e com o apoio dos parceiros estamos certos que vamos conseguir estar ainda mais próximo e envolvidos com os consumidores».

O líder do Super Bock Group partilhou que na génese deste projecto esteve a intenção de recuperar património e activos histórico, integrando inovação, criatividade e tecnologia e conhecimento, mas também tem subjacente a «agenda estratégica do Super Bock Group, muito assente em quatro pilares: um primeiro de inovação, através da criação de novos modelos de negócio, assentes precisamnete em parcerias estratégicas como esta e no desenvolvimento de produtos diferenciados. Numa outra vertente, o empreendedorismo, apostando em parcerias com startups e incubadoras,  promovendo a troca de conhecimento. Mas também a sustentabilidade, através do desenvolvimento de produtos que incorporem princípios da economia circular, reduzindo desperdício e aumentando a longividade dos recursos utilizados. E ainda a vertente de responsabilidade social, que se materializará através do envolvimento das comunidades locais, em muitas áreas.»

Tiago Brandão, director-geral da The Browers Company, lembrou que tudo começou a 28 de Maio de 2018, desde o anúncio deste projecto, «inovador, empreendedor, responsável e criativo», que «resulta «de uma ambição do Super Bock Group» e também da resposta positiva ao desafio lançado pela Startup Lisboa. «Criámos um conceito em que juntámos o know how do Super Bock Group, enquanto cervejeiros de eleição, e fazer uma unidade produtiva que deixasse à vista o que é o processo cervejeiro.»

Gil Azevedo, director-executivo da agora Unicorn Factory Lisboa, parceiro empresarial do Super Bock Group, fez notar que «a Browers Beato destaca-se pela abordagem inovadora no sector cervejeiro, e vem dinamizar o Beato Innovation District da Unicorn Factory Lisboa. Esta parceria representa o compromisso de ambas as entidades em potencializar a inovação e o empreendedorismo na cidade.»

Mais. «Na lógica de criar um bairro, tinhamos de ter aqui vários conceitos que se complementassem: temos startups; empresas de maior dimensão, uma vertente mais tecnológica ou inovadora; e espaços mais criativos e empreendedores. O Browers Beato foi pensado como um espaço para atrair pessoas, quer através da restauração, quer da fábrica de cerveja, mas também um espaço para eventos e promover uma agregação da comunidade».

Sobre o projecto arquitectónico, Tiago Brandão revela que quiseram juntar uma componente de arquitectura e engenharia, mas também unir todos estes elementos através de um elemento central: aquele que é provavelmente o maior balcão de Portugal».

Foram os arquitectos Eduardo Souto de Moura e Nuno Graça Moura que concretizaram o projecto arquitectónico de requalificação e modernização da antiga Central Eléctrica da Manutenção Militar de Lisboa, onde a Browers Beato está instalada, com a missão de «respeitar este património». Foram mantidos vários elementos da traça original, como as fachadas, a ponte móvel, o palco e as janelas, que passam a estar integrados num conceito mais contemporâneo e confortável, agora adaptado para produção cervejeira.

No evento da passada terça-feira, Nuno Graça Moura revelou que um dos grandes desafios foi colocar a parafernália de equipamentos, que normalmente estão fora dos edifícios, dentro do espaço», por ser um edifício classificado, mas que acabou por ajudar a ficar com ar industrial, que se pretendia manter.

A inauguração oficial contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municiapl de Lisboa, Carlos Moedas, que sublinhou que aquele «edifício representa uma ligação entre o passado e o futuro, e o mundo físico e digital. É essa intersecção única entre a matriz física que vemos, e o ecossistema digital, destes unicórnios, que contribui para esta visão de inovação, que queremos para a cidade», afirmou.

 

O restaurante abre em Outubro com uma carta especial, com consultoria do chef Luís Gaspar (chef executivo Plateform) distinguido, em 2023, com o Prémio Chef de L’Avenir (Chefe do Futuro), atribuído pela Academia Internacional de Gastronomia, e que é responsável pelas cozinhas dos restaurantes Sala de Corte, Brilhante e Pica-Pau, todos do grupo Plateform.

Rui Sanches, CEO do grupo Plareform, partilhou que o desafio foi criar uma proposta gastronómica que fosse «uma modernização daquilo que é a cervejaria clássica portuguesa; foi importantevtrazer portugalidade ao menu». E salientou o envolvimento de «toda a equipa, das operações ao marketing, neste projecto», e também dos restantes parceiros, com quem foram discutidos todos os pormenores.

Em conversa prévia com os jornalistas, revelou ainda que foi feito um trabalho de benchmark internacional, visitando-se várias fábricas de produção artesanal de cerveja. «Foi também desafiante, pois estamos habituados a fazer parting de cartas de vinhos, vinhos licorosos e cocktails, mas foi a primeira vez que fomos confrontados com o desafio de pensar um menu para acompanhar o perfil de cervejas artesanais», contou.

Sobre a criação de emprego, Rui Sanches revelou que a médio prazo, a expectativa é que sejam criados 40 postos de trabalho, na área de restauração.

Gil Azevedo acrescentou que, actualmente, o Beato Innovation District, conta com mil pessoas a trabalhar, nos projectos que já lá estão instalados, com o objectivo de chegar a 3000 postos de trabalho.

De acrescentar que, as cervejas produzidas localmente sob a chancela Browers vão juntar-se com outras marcas de cerveja nacionais e internacionais, de diferentes estilos.

Após a abertura oficial está previsto uma programação regular que incluirá desde festas e concertos, propondo também cursos e workshops cervejeiros entre a sua oferta.

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