Talento, formação e flexibilidade: três pilares fundamentais do bem-estar e crescimento no trabalho
Três pilares fundamentais do bem-estar e crescimento no trabalho.
Por Verónica Rodríguez Largacha, directora de Recursos Humanos Espanha e Portugal do Grupo Bosch
É possível afirmar que, nos últimos anos, temos assistido a uma mudança de paradigma no mercado da contratação. As empresas tiveram de repensar e adaptar a sua estratégia com base nas novas exigências, como por exemplo, a possibilidade de alcançar um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, ou uma maior aposta nas pessoas e no seu desenvolvimento. A estratégia interna para dar resposta esta mudança passa por reforçar estas oportunidade e implementar medidas que aumentem o bem-estar, o crescimento e a motivação das equipas, proporcionando assim uma maior flexibilidade e promovendo, de igual modo, uma maior responsabilidade orientada para o seu futuro. Desta forma, as empresas conseguem ter as suas pessoas mais felizes e alinhadas com os valores e a cultura organizacional, algo que é essencial para o sucesso do negócio.
Outro dos factores chave para que as empresas consigam alcançar os seus objectivos com êxito são as pessoas. A globalização do mercado laboral traduziu-se num elevado nível de competitividade por talento no sector tecnológico, trazendo novos desafios para a atraçcão e retenção de profissionais especializados, exigindo às empresas abordagens únicas e diferenciadores, nomeadamente com as pessoas a estarem cada vez mais no centro da estratégia da organização.
Fomentar o bem-estar, potenciar o desenvolvimento e crescimento
Sabemos que atrair e reter talento vai muito além da remuneração salarial, que, embora se mantenha sempre com um aspecto relevante, deve, hoje em dia, fazer parte de um conjunto de outros benefícios que promovam tanto o desenvolvimento das equipas, como também o seu bem-estar.
Nesse sentido, é necessário garantir que as pessoas têm as condições essenciais para desenvolver e realizar o seu trabalho da melhor forma possível, apostando em modelos de trabalho flexíveis e híbridos, ofertas de seguros de saúde e de outros benefícios sociais.
Além disso, a empresa deve ser um lugar onde cada pessoa pode ser ela mesma, promovendo esta diversidade como algo enriquecedor que fomenta a cooperação e a partilha, de diferentes maneiras. Por sua vez, as empresas devem disponibilizar uma oferta formativa diversa, que responda e se adapte aos diferentes perfis e necessidades das pessoas, tendo em conta as diversas perspectivas de carreira, seja com foco em competências específicas ou em aspectos mais técnicos.
Garantir condições de trabalho inspiradoras, um ambiente de trabalho organizado, humano e acolhedor, com espaço para criatividade, com lideranças receptivas e uma comunicação aberta, oferecer às suas pessoas a possibilidade de desenvolverem a carreira à medida dos seus objectivos, proporcionando uma experiência positiva ao longo das várias etapas da sua vida profissional, são elementos fundamentais para que uma empresa consiga promover o sentimento de pertença e ter uma proposta de valor forte enquanto marca empregadora.
Alinhado com esta estratégia, cabe também às equipas inspirarem-se mutuamente, num ambiente inclusivo (diversidade, equidade e inclusão) e de liderança positiva, promovendo uma cultura de valorização e desenvolvendo soluções que melhorem as suas vidas e tenham impacto sustentável no futuro.
Este artigo foi publicado na edição de Agosto (nº. 164) da Human Resources, nas bancas.
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