Tem dificuldade em compreender os seus colaboradores da Geração Z? Não assuma estas cinco coisas (e adopte estas estratégias)

Ter uma compreensão clara da forma de ser, estar e trabalhar da Geração Z não é fácil, muito menos num local de trabalho em constante evolução. A Fast Company partilha cinco sinais aos quais estar atento e estratégias para promover um engagement eficaz.

Para promover o engagement com os profissionais nascidos no final da década de 90 e a primeira década de 2000, leia atentamente:

Não perceber que a Geração Z é muito mais céptica em relação à IA do que os Millennials

Não assuma que a primeira geração de nativos digitais se sentiria mais confortável com a Inteligência Artificial (IA) do que os seus colegas mais velhos, os Millennials. Embora ambas as gerações sejam conhecedoras da tecnologia, as suas atitudes em relação à IA divergem em aspectos importantes.

De acordo com um inquérito recente a 1200 profissionais do conhecimento, gestores e líderes, a Geração Z tem menos probabilidade do que a geração Millennial de utilizar IA. Apenas 63% acredita que a IA contribuiu ou irá contribuir para um ambiente de trabalho mais inovador, em comparação com 73% dos Millennials, e apenas metade concorda que a IA irá melhorar a tomada de decisões, em comparação com 66% dos Millennials. A principal emoção que a Geração Z sente em relação à IA é a “incerteza”.

Estratégia: Invista tempo para compreender a fundo as perspectivas únicas da Geração Z em relação à tecnologia e à integração da IA ​​no trabalho. Aprenda com a experiência deles com as vantagens e perigos da tecnologia. Reconheça e valorize a sua abordagem cautelosa. Convide-os a ajudar a identificar, testar e impulsionar a adopção de ferramentas de IA. Desenvolva as capacidades de IA deles e demonstre como podem tirar partido delas para melhorar a função e crescimento profissional. Em suma, envolva a Geração Z na estratégia de adopção de IA.

 

Assumir que pode atrair e reter sem valores da empresa fortes

Os colaboradores da Geração Z desejam que os seus empregadores sejam uma força para o bem na sociedade e querem trabalhar para empresas com valores alinhados com os seus.

Um relatório recente indica que quatro em cada cinco recusariam trabalhar para uma organização que não partilha os seus valores e vários inquéritos revelam que mais de metade sairia. É também essencial para esta geração que as empresas estejam dispostas a falar sobre os temas que lhes interessam e ofereçam oportunidades para aprender e falar sobre eles no trabalho.

Estratégia: certifique-se de que a missão, propósito e valores da sua empresa estão claramente definidos e entendidos e que as suas acções reflectem esses valores para construir uma cultura forte e inclusiva. Esteja disposto a assumir posições públicas e claras sobre questões sociais importantes que façam sentido para o seu negócio e que estejam alinhadas com o seu propósito e valores. Crie fóruns de discussões abertas, respeitadoras e transparentes no local de trabalho.

 

Pensar que a DEI é moda e não essencial para o futuro da empresa

A Geração Z é a geração que tem maior diversidade étnica e que mais valoriza o trabalho em locais diversos e inclusivos. Para eles, a diversidade, equidade e inclusão não são uma moda ou um programa, são fundamentais para os seus principais valores e para a sua identidade geracional.

Com a previsão de a Geração Z atingir 30% da força de trabalho até 2030, as mudanças demográficas sugerem que é pouco provável que reacções negativas à DEI prevaleçam. Para esta geração, a DEI vai além da diversidade étnica para incluir a diversidade sexual e de género a todos os níveis da organização. A Geração Z quer ver líderes que se pareçam com eles. Se não o fizerem, irão para outra empresa.

Estratégia: garanta que os líderes de todos os níveis da organização compreendem como construir equipas diversas e inclusivas, caracterizadas pela segurança psicológica e responsabilização. Estabeleça políticas e práticas sólidas para garantir a equidade nos salários e nas oportunidades. Incorpore os princípios de inclusão em toda a cultura. Observe e celebre como a diversidade e a inclusão criam melhores resultados.

 

Não aproveitar o entusiasmo da Geração Z em relação aos seus empregadores

Pode surpreender os líderes o facto de a Geração Z ser geralmente mais positiva em relação às empresas para as quais trabalha do que qualquer outra geração no mercado de trabalho. Três em cada quatro acreditam que a sua empresa trata os colaboradores de forma justa e 83% confiam na liderança do seu gestor, avançam resultados de um estudo recente. Além disso, mais de três em cada quatro vêem-se a trabalhar para o seu empregador actual no prazo de dois anos.

Estratégia: Aproveite as atitudes positivas dos colaboradores da Geração Z e continue a envolvê-los: querem ser vistos, ouvidos e valorizados. Na medida do possível, envolva-os nos processos de tomada de decisão e mantenha uma comunicação transparente. Continue a nutrir esta cultura de confiança para impulsionar o desempenho, estimular a inovação e construir lealdade.

 

Pensar que dar-lhes flexibilidade significa que nunca os verá no escritório

A flexibilidade no local de trabalho não é apenas uma vantagem para a Geração Z; é uma necessidade. Apesar disso, muitas organizações partem do pressuposto de que os colaboradores da Geração Z precisam de trabalhar em ambientes de escritório tradicionais para “ganharem o direito” à flexibilidade.

Mais do que qualquer outra geração, a Geração Z, acredita na flexibilidade do onde e quando trabalha. Mas quase dois terços preferem um ambiente híbrido em vez de trabalho exclusivamente remoto – mais do que os seus homólogos Millennials, Geração X e Baby Boomers. Vêem o tempo no escritório como oportunidades de aprendizagem, colaboração e construção de cultura.

Estratégia: Considere modelos híbridos que permitam aos colaboradores escolher quando e onde trabalham melhor. Comunique as suas políticas e aplique-as da forma mais consistente possível para promover a confiança. Se pedir à Geração Z para permanecer mais tempo no escritório, certifique-se de que uma componente-chave do seu tempo está focada no desenvolvimento de competências e ligações necessários para uma maior flexibilidade.

 

Compreender a Geração Z requer uma abordagem diferenciada. Ao reconhecer os seus valores distintos – a importância de ambientes de trabalho flexíveis, a defesa pública da mudança social e da DEI – os empregadores podem atrair e reter talentos da Geração Z e promover uma cultura organizacional dinâmica e inovadora. Ignorar estes sinais pode resultar em desmotivação, falta de engagement, elevado turnover e falta de aproveitamento da perspectivas e competências da Geração Z.

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