Trabalha (ou gostava de trabalhar) no sector de Ciências da Vida? São estes os perfis mais procurados actualmente

Dados do Guia Hays 2023, revelam que o sector de Life Sciences registou, uma vez mais, um ano positivo e quais os perfis mais procurados.

 

Andreia Fernando, Section manager na Hays destaca que «desde a pandemia a saúde passou a ser um tema central, o que contribui de forma significativa para o dinamismo deste setor. Além disso, verificou-se o interesse de muitas empresas internacionais em apostar no talento português, recorrendo ao trabalho remoto.»

Portugal tem-se revelado um país atractivo no que diz respeito ao recrutamento de perfis na área das Life Sciences pela elevada qualificação dos profissionais e pela componente salarial competitiva. «Como tal, algumas empresas internacionais têm procurado profissionais que possam desenvolver funções remotas a partir do nosso país. Aqui, o destaque vai para as funções técnico-científicas, em áreas como a regulamentar, a farmacovigilância e a de qualidade», acrescenta Andreia Fernando.

Esta procura por parte das empresas internacionais tem gerado impacto no recrutamento destes perfis técnico-cientificos, «uma vez que surgem vagas em empresas com sede em Portugal, sendo difícil encontrar talento disponível com salários competitivos. Além disso, estes profissionais valorizam o trabalho remoto, o que nem sempre é proporcionado a tempo inteiro pelas empresas implementadas em Portugal», destaca.

A análise da Hays revela que a grande maioria das empresas está a implementar uma estratégia omnichannel nas várias áreas de negócio, nomeadamente na comunicação dos produtos para o seu público-alvo (Key Opinion Leaders ou Consumidor Final).

Conclusões do Guia Hays 2023 revelam ainda que o actual contexto socioeconómico já está a ter repercussões na inflacção e a tendência poderá ser de agravamento, principalmente em empresas de dispositivos médicos, em que a cadeia de fornecimento está bastante condicionada, devido ao aumento do custo e à escassez das matérias-primas.

Andreia Fernando conclui que «este cenário terá implicações no investimento em novas áreas de negócio, neste setor, e, consequentemente, no recrutamento de profissionais. Aliando a inflação à escassez de talento, prevê-se um aumento dos salários, sobretudo nas funções técnico-científicas, como é o caso da indústria farmacêutica.»

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