
Trabalhadores abrangidos por despedimentos colectivos até Outubro já superam 2024
O número de trabalhadores efectivamente despedidos em processos de despedimentos colectivos aumentou 16,4% até Outubro face ao período homólogo, totalizando os 5774, superando o total de todo o ano passado, segundo os dados divulgados pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).
Nos primeiros dez meses deste ano, houve 5925 abrangidos por despedimentos colectivos, dos quais 5774 foram efectivamente despedidos, revelam os últimos dados da DGERT.
Este valor ultrapassa o número total de trabalhadores efectivamente despedidos em todo o ano passado, quando se situava em 5758.
O número de trabalhadores abrangidos por despedimentos colectivos está a aumentar desde 2023, sendo que é preciso recuar a 2020 para encontrar um valor tão elevado.
Também o número de despedimentos colectivos comunicados pelas empresas ao Ministério do Trabalho subiu 15,2% até Outubro, face a igual período de 2024, para 471.
À semelhança do que acontece com o número de trabalhadores abrangidos, o número de despedimentos colectivos comunicados está a aumentar desde 2023 e o valor registado nestes primeiros dez meses continua a ser o mais elevado desde 2020, período em que alcançou as 584 no período em análise.
Dos 471 despedimentos coletcivos comunicados, a maioria continua a dizer respeito a pequenas e microempresas, representando 39,5% e 34,6%.
Por regiões, a região de Lisboa e Vale do Tejo lidera, com 227 despedimentos colectivos até Outubro, seguida pelo Norte, com 144.
No que toca especificamente ao mês Outubro, foram efectivamente despedidos 362 trabalhadores, um valor inferior aos 486 registados no período homólogo, mas superior aos 200 registados em Setembro.
Dos 362 trabalhadores efectivamente despedidos em Outubro, a região de de Lisboa e Vale do Tejo liderava (37% do total) com 134 trabalhadores efectivamente despedidos.
As indústrias transformadoras, o comércio por grosso e a retalho e as telecomunicações, programação informática, consultoria, infraestruturas de computação e outras actividades dos serviços de informação são as as actividades com maior número de trabalhadores despedidos em Outubro, sendo que a redução do número de trabalhadores é a principal razão apontada, de modo global.