Trabalho remoto: Posso mesmo trabalhar de onde eu quiser? Tenha em conta estas dicas para trabalhar fora do escritório, fora de casa ou fora do país

A pandemia da COVID-19 acelerou mudanças e actualmente muitas organizações oferecem aos seus colaboradores a oportunidade de trabalhar a partir de outros locais ou outros países. 

Portugal impôs o teletrabalho obrigatório para todas as funções que o permitam durante grande parte da pandemia mesmo sem acordo entre as partes, sendo, atualmente, obrigatório apenas nos concelhos de maior risco e recomendado para os restantes. O Governo empurrou também para a negociação coletiva o cálculo das compensações. A lei, tal como está desde 2003, define que o empregador deve “assegurar as respetivas instalação e manutenção” dos instrumentos de trabalho e “o pagamento das inerentes despesas”. Vários partidos já avançaram com propostas, mas os projetos de lei estão ainda na Assembleia da República. Mas para os colaboradores remotos, há outros fatores a ter em conta.

Tendo isto em mente, a Revolut, que implementou uma política de trabalho flexível este ano, partilha algumas dicas  para quem planeie trabalhar fora do escritório, fora de casa ou fora do país de origem por um período.

Se quiser trabalhar fora do escritório ou a partir do estrangeiro
No geral, o trabalho remoto (ou teletrabalho) classifica-se quando o trabalho é feito, por um período, fora do escritório, fora do país de origem, e com recurso a ferramentas digitais. Tem de cumprir o horário normal de trabalho e os dias de férias deverão ser solicitados ao empregador como habitualmente.

Quando se trata de workation tudo soa diferente, pois está a trabalhar onde, tipicamente, outros vão de férias. Ao contrário do modelo Work & Travel, não trabalha para um empregador local, mas para um empregador com sede noutro país ou região.

Posso mesmo trabalhar de onde eu quiser?
Antes de viajar, é aconselhável verificar qual será a sua situação jurídica aquando da chegada ao destino. Para trabalhar num país, geralmente, precisa de uma autorização de residência e de trabalho.

E o escritório? Já toda a gente viu fotografias bonitas no Instagram com alguém a trabalhar na piscina, com o seu portátil, mas a realidade é menos fotogénica – maioritariamente porque a tecnologia não se dá bem com temperaturas elevadas, água e demasiada luminosidade.

Mas, ainda assim, pode ser uma boa alternativa à rotina, especialmente depois da fase mais aguda da pandemia. A maioria dos trabalhadores remotos procuram espaços de co-work, áreas comuns de hotéis ou os seus apartamentos alugados. Diferentes cadeias já apostam nisso mesmo. Marriott, Savoy, Iberostar ou Selina, entre muitos outros, já disponibilizam ofertas destinadas a este público.

 

Que profissionais se adaptam melhor ao trabalho remoto?
Todos os que puderem desempenhar as suas funções com recurso a tecnologia ou fora do escritório:

  • Funções relacionadas com a criação de conteúdo, como User Experience, Design Gráfico ou de Web, mas também marketing ou social media

  • Copywriters ou gestores de conteúdos, tradutores, jornalistas, editores

  • Conselheiros, Consultores ou Coaches – desde desenvolvimento pessoal, a assessores ou contabilistas

  • Funções de IT, como programadores ou developers

  • Outros

 

Viajar com pouco
Diga adeus ao caos com a bagagem, a mala deve ter menos de 12 quilos. Quando viaja, possivelmente vai partilhar o carro e outros espaços com mais colaboradores remotos. O que é verdadeiramente indispensável é a tecnologia:

  • Portátil – idealmente leve, compacto e robusto, com microfone e altifalante incorporados e, naturalmente, em boas condições;

  • Adaptador universal de tomada;

  • Powerbank grande (30,000 mAhaMh) e outro portátil (5,000 – 10,000 mAhaHm);

  • Carregadores e cabos, se possível, dois de cada. Fichas USB A e C são sempre uma boa ideia, assim como cabos de ligação AUX;

  • Mini coluna portátil bluetooth;

  • Auriculares com microfone;

  • Phones com inibidor de ruído.

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