Três mentiras que pode (e deve) dizer nas entrevistas de emprego. Quem o aconselha é um especialista de recrutamento

Em regra, a honestidade é a melhor política, porém uma especialista em recrutamento garante que, numa entrevista, para conseguir “aquele” emprego, é necessário “omitir a verdade” nestes três temas específicos, avança a Newsweek.

 

Como gestora de recrutamento de uma tecnológica, Bonnie Dilber viu muitas pessoas passarem pelo cansativo processo de contratação e sabe que mentiras inocentes (mas importantes) ajudarão um profissional a destacar-se dos outros candidatos.

A profissional insiste que os candidatos não devem ter uma atitude negativa em relação aos seus antigos empregadores, não devem parecer movidos por dinheiro e, definitivamente, mostrar vontade de permanecer em qualquer novo emprego a longo prazo. E explicou à Newsweek que os empregadores «querem contratar pessoas que se importem e estejam entusiasmadas com o seu trabalho», por isso é imperativo retratar essa atitude desde o início.

Bonnie Dilber garante que há três coisas em que é necessário mentir.

«Se um candidato se queixar do gestor ou colegas, o entrevistador vai perguntar-se se será difícil de gerir. Se o candidato disser que a empresa esperava demasiado das pessoas, o entrevistador pode perguntar-se se teria um mau desempenho, e isso pode deixar um futuro empregador preocupado que também fale negativamente sobre ele no futuro.»

«A maioria prefere trabalhar com pessoas que são positivas, em vez daquelas focadas nos aspectos negativos. Encorajo os candidatos a concentrarem-se mais naquilo em que estão à procura, e não naquilo de que estão a fugir», explica.

Quanto ao dinheiro, o Pew Research Center mostrou que metade dos trabalhadores que mudaram de emprego entre Abril de 2021 e Março de 2022 viram um aumento de 9% nos seus salários, enquanto aqueles que permaneceram nos mesmos empregos sofreram uma perda de mais de 1%. Portanto, o dinheiro é geralmente um factor determinante importante, e por isso Dilber incentiva os candidatos a evitarem usar a palavra durante as entrevistas.

«Todos trabalhamos por dinheiro, mas os empregadores também querem contratar pessoas que sejam apaixonadas pelo seu trabalho e pela missão da empresa. Se o seu único foco é a remuneração, mas não tem conhecimento sobre o que a empresa faz, então não será um candidato muito interessante», alerta.

«Acho que as pessoas precisam de mostrar vontade de permanecer e crescer numa empresa.» Depois da “grande demissão” em 2021, a especialista salienta que as empresas ficaram ansiosas com a possibilidade de perder os seus melhores colaboradores, e os empregadores querem saber que o profissional consegue vislumbrar um futuro com eles. «Quando o questionarem sobre isso, pode dizer que está entusiasmado para crescer e desenvolver as suas competências e vê vários caminhos de crescimento na empresa.»

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