Um candidato e um colaborador são diferentes. Por isso há que ter equipas especializadas. É o que acontece nesta empresa

Um candidato e um colaborador são diferentes. Tal como as suas necessidades e preferências. Por isso, na askblue há duas áreas distintas para as suas pessoas: Talent Acquisiton e People Management. O objectivo é proporcionar a melhor experiência possível.

Por Tânia Reis

Os 11 anos de existência não impediram esta consultora de tecnologia e negócio, 100% portuguesa, de conquistar o seu lugar no mercado. Hoje, a askblue tem escritórios no Brasil, representação no Reino Unido e o crescimento gradual que a empresa tem experienciado está a levar à necessidade de novas contratações. Para contornar os bem conhecidos desafios no sector tecnológico, desenvolveram várias estratégias para atrair e fidelizar os melhores talentos. Logo à partida com a organização dos Recursos Humanos em duas áreas distintas: Talent Acquisiton e People Management.

«Um candidato é diferente de um colaborador de uma empresa», explica Ana Sofia Pardalejo, head of People Management. O alinhamento é real e constante, mas as necessidades são diferentes, por isso, na askblue procuram «uma especialização no acolhimento das pessoas enquanto candidatos e depois a sua integração e crescimento na empresa, enquanto colaboradores».

A força que une estas duas “áreas” é a «dedicação completa aos candidatos e colaboradores, nos seus diferentes momentos na askblue», garante a responsável. «Ter equipas especializadas na jornada e na evolução de um colaborador é o nosso maior orgulho e isso é reconhecido por eles.» A oportunidade de ter este foco advém da experiência adquirida nos vários onboardings e offboardings realizados. Assim, implementam uma constante validação e momentos de “lessons learned” para «melhorar e crescer enquanto empresa de pessoas para pessoas».

O principal objectivo é proporcionar uma experiência profissional de excelência aos cerca de 450 colaboradores, excelência essa «alinhada a cada um, naquilo que são as suas necessidades e preferências de vida», continua Ana Sofia Pardalejo. Aí reside o «equilíbrio de vida profissional e pessoal que tanto hoje se fala», destaca.

E o principal ponto que liga as duas áreas de Talent Acquisition e People Management é precisamente «o foco no colaborador e aquilo que a askblue tem – ou pode vir a ter – para a sua melhor experiência profissional».

Tudo começa logo na fase de recrutamento, altura em que são identificadas algumas características ou pormenores que depois são cruciais na fase de onboarding de um novo colaborador. «Por exemplo, o facto de ter filhos ou gostar de praticar desporto e isso ser referido no primeiro dia na askblue, apresentando as várias iniciativas que temos para lhe proporcionar, em conjunto com os restantes colaboradores.»

O onboarding tem um período de cerca de dois a três meses. Começa na fase do “Sim, quero trabalhar na askblue” e, após a elaboração de contrato e toda a documentação, «tem o seu ponto alto no primeiro dia de trabalho, com um momento de Welcome to Blue Team, e decorre até ao momento em que colaborador se encontra integrado e com um sentimento de “já conhecer a casa”».

Ana Sofia Pardalejo faz ainda notar que, quer em Portugal, quer no Brasil, e sempre que possível, «existe a visita ao escritório mais próximo para conhecer alguns dos colegas e equipa». Quando tal não é possível, devido aos projectos remotos, «criam-se momento de reuniões virtuais a fim de se estabelecerem laços entre todos e se conhecer a cultura askblue».

Esse processo de onboarding, além de diferenciador, é pessoal e personalizado com cada elemento novo que entra na estrutura, acrescenta Artur Madeira Lopes, head of Talent Acquisition. «Penso que uns dos maiores dilemas que existe, por via da minha experiência, prende-se sempre com a falta de feedback, quer seja ele positivo ou menos positivo.» Por isso, contrariar essa prática e fazer disso bandeira no processo de recrutamento e retenção «é mais do que uma missão ou objectivo, é uma forma de estar e vingar num mercado altamente concorrencial».

 

Leia o artigo na íntegra na edição de Agosto (nº. 164) da Human Resources, nas bancas.

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