Universidades, onde está a Inteligência Artificial?

Esta tecnologia está cada vez mais inserida na nossa vida, enquanto consumidores e profissionais. E está a transformar a forma como as sociedades funcionam . Contudo, as universidades não estão a preparar os estudantes para esta realidade. 

 

Para melhor preparar os estudantes, a Inteligência Artificial (IA) precisa de ser inserida, de forma crescente, no ensino superior pois esta tecnologia vai, inevitavelmente, ter um impacto nas suas carreiras. Os interessados em trabalhar com a IA podem perseguir um leque de novas carreiras excitantes, focadas na data science, machine learning, ou estatísticas avançadas. Até mesmo se não estiverem focados na IA podiam beneficiar de uma educação que los familiarizasse com este conceito.

A IA cria novos empregos, de reguladores das máquinas a engenheiros de emoções. Para serem bem-sucedidos, os estudantes vão precisar de entender, pelo menos a um alto nível, como as máquinas funcionam. Além disso, deviam estar melhor preparados, e equipados, para fazerem o que as mesmas não podem.

Os papéis tradicionais como o business analyst, vendas, Recursos Humanos ou outros vão ser potenciados pela IA, requerendo uma novo nível de proficiência nos colaboradores na linha da frente para interagir com estas máquinas.

Os executivos e managers vão precisar de trabalhar com máquinas nos processos de tomada de decisões estratégicas e resolução de problemas.

A consultora McKinsey prevê que a Inteligência Artificial vai substitui mais de 800 milhões de empregos em 2030. É uma mudança de paradigma na força de trabalho – uma para a qual as universidades podem e deviam ajudar os alunos a preparar-se. Enquanto que algumas escolas têm IA e tecnologia nos programas, outros podem melhorar.

 

Competências necessárias nos currículos 

Sendo impossível para as universidades manterem-se a par do ritmo de mudança na indústria da tecnologia, recomendo que as universidades reavaliem os programas de base para garantir que os estudantes estão preparados para a nova Era de empregos que está a chegar. Aconselho que todos os cursos integrem computação, empreendedorismo e impacto social nas aulas.

Com a computação, os estudantes entendem os sistemas que conduzem as máquinas. Pelo menos, um nível de conhecimento do género é necessário para operar uma força de trabalho aumentada.

O empreendedorismo é outro foco, com inovação contínua como um standard em todas as indústrias. O empreendedorismo não é apenas para startups, mas também para grandes empresas. Para os jovens se tornarem líderes no local de trabalho, deviam pelo menos entender os princípios do mesmo, como podem inovar em qualquer ambiente.

O impacto social, por seu lado, vai construir, vender e usar a IA e a Internet das Coisas, ou outras tecnologias, sendo preciso ser capaz de entender o impacto de usar esta tecnologia na sociedade. Inevitavelmente, ao trabalhar no mundo da tecnologia, guiamos mudanças. Os profissionais desta área têm uma obrigação para guiar a mudança positiva o mais possível.

Projectos com empresa

Fico surpreendida por não ver em mais instituições de ensino aulas guiadas por projectos com empresas., dando oportunidade aos estudantesde ter aulas que deixam ver como os seus cvs estão a prepará-los para as carreiras num mundo tecnológico.

Com o reformular da força de trabalho, sair da sala de aula é necessário para os estudantes entenderem as oportunidades emergentes. Os projectos corporativos dariam aos estudantes a experiência necessária. E ajudariam as empresas a conseguir ter acesso a novas perspectivas.

Mentoria

Na universidade, é importante para os estudantes receberem indicações por mentores. Com tantas oportunidades, estes podem ficar baralhados. Uma ligação eficaz pode dar-lhes insights sobre como preparar as carreiras, com tecnologia e os melhores recrutadores.

Além disso, os mentores podem dar apoio nos altos e baixos das escolhas neste mundo de IA. Os programas deviam ser de fácil acesso e muitos antigos estudantes querem retribuir.

Também faz parte da escolhas dos alunos decidir em que universidade tirar os cursos. As que tiverem IA e experiência no mundo académico vão beneficiar de reviews positivas e os alunos bem sucedidos transformarão o mercado.

 

Por Stephanie Glass, head of product marketing da Aera Technology’s Artificial Intelligence Solutions (EUA), para a revista Forbes 

Ler Mais