Viciados em trabalho

Estudo da Regus revela que muitos profissionais não conseguem separar o trabalho das férias.

Quem se esconde de todos para um encontro secreto com o Blackberry? Mais de metade dos trabalhadores portugueses (57%) não descansará devidamente durante estas férias de Verão. Em vez disso, irão tentar trabalhar até três horas por dia em vez de estarem a relaxar na piscina ou a desfrutar da companhia da família e amigos. Entre estes profissionais persistentes que simplesmente não conseguem desligar-se do trabalho, encontra-se uma minoria de verdadeiros trabalhadores compulsivos. Um em cada dez (8%) trabalhará mais de três horas por dia durante as férias, negligenciando a família para alimentar a sua dependência do trabalho. Estes são apenas alguns dos preocupantes resultados do último inquérito da Regus, que contemplou mais de 16 000 inquiridos em mais de 80 países.

Além de trabalharem muito durante as férias, demasiados trabalhadores portugueses estarão dependentes dos seus smartphones e netbooks, sendo que 29% declara que trabalhará pouco menos do que num dia normal a partir da sua espreguiçadeira. Assim, em vez de desfrutarem do tempo livre com os seus entes queridos, irão tentar conjugar todo o stress do trabalho com parceiros irritados e filhos desiludidos.

Nuno Condinho, Country Manager da Regus para Portugal e Espanha explica que “os actuais desenvolvimentos tecnológicos significam que os trabalhadores estão sempre online e é muito fácil sucumbir à tentação de consultar o correio eletrónico e realizar as tarefas nele solicitadas. Com smartphones, netbooks e ligações à Internet por todo o lado, tornou-se extremamente difícil desligar completamente do trabalho, mas fazer uma pausa e tirar tempo para descansar, para a família e para os amigos é essencial para permanecer saudável”.

 “As empresas precisam, urgentemente, de encontrar formas de aumentar a eficiência e a produtividade para evitar que os seus funcionários levem trabalho para casa, se quiserem garantir que os trabalhadores continuam felizes, saudáveis e produtivos. Ao introduzir mais flexibilidade, permitir que os trabalhadores reduzam o tempo despendido no trajeto até ao trabalho e que trabalhem mais perto de casa, as empresas podem tornar-se mais eficientes, deixando os trabalhadores livres para realmente descansarem quando estão de férias”, conclui Nuno Condinho.