10 prioridades que as empresas de Wealth Management devem definir em 2015

A Mercer identificou os aspectos a que os wealth managers devem dar preferência para melhor servir os clientes e se destacarem no actual mercado competitivo. 

O Top 10 de prioridades apontadas por uma das principais empresas em serviços de consultoria na área investimentos foi organizado de acordo com três grandes tipos de desafios, explica Rui Guerra, partner da Mecer, que são nomeadamente «melhorar resultados de investimentos num ambiente de baixo-retorno, reduzir o risco e controlar os custos».

Assim, para melhorar os resultados e oferta das empresas a consultora recomenda:

  • Direccionar os portefólios para o crescimento num ambiente de baixo-crescimento
    Uma vez que as taxas se encontram perto de níveis mínimos históricos e os Estados Unidos estão há mais de cinco anos com performances elevadas na classe de acções, para este ano, antecipam-se retornos tanto no caso das acções, como nas obrigações, abaixo dos actuais níveis. Neste ambiente, os wealth managers devem considerar fundos menos restritivos ou com uma perspetiva de prazos mais alargados que os tradicionais.
  • Determinar se estratégias de investimento alternativas são apropriadas para um grupo de clientes mais amplo
    Investimentos alternativos estão a ser democratizados e já não se encontram exclusivamente disponíveis para os investidores com maior riqueza ou para as instituições mais sofisticadas. É importante avaliar como os alternativos podem ser integrados na estratégia de investimento dos clientes, de forma a reduzir o risco e aumentar retornos.
  • Considerar o investimento socialmente responsável como parte do portfólio
    O investimento que considera a sustentabilidade relaciona-se com a forma como o mundo está a mudar. Por isso, as empresas de wealth management têm a oportunidade de distinguir as ofertas pela integração de factores ambientais, sociais e de governance (ASG) no processo de investimento e produtos.
  • Adoptar uma estratégia de comunicação tecnológica
    A tecnologia disruptiva está a transformar a indústria de wealth management e espera-se que o ritmo de mudança acelere com o aumento da utilização da cloud computing, aplicações, redes sociais e móveis (CASM). As empresas de wealth management podem melhorar significativamente a satisfação do cliente, gerindo de uma melhor forma custos fixos com a adopção de tecnologia smart.

 

Para reduzir o risco, a Mercer aconselha a:

  • Analisar os recursos necessários para gerar valor aos clientes e resolver a questão “construir versus comprar”
    Factores como a constante volatilidade dos mercados, tecnologia, regulamentação e pressões competitivas, têm abalado as empresas tradicionais de wealth management. Para sobreviver, os wealth managers necessitam de analisar as principais competências que lhes concedem uma vantagem competitiva, bem como avaliar quais os recursos que são melhor servidos a nível interno versus através de um partner externo, consultor ou outro fornecedor.
  • Conduzir avaliações de investimento e risco operacional de produtos
    Avaliações de risco ao nível das empresas podem ajudar a reduzir perdas. Quando as empresas de wealth management escolhem um gestor de investimento que posteriormente fica aquém do seu benchmark, as perdas são limitadas à diferença entre os resultados actuais e os do benchmark. Por outro lado, quando um gestor é seleccionado e subsequentemente sofre um problema operacional profundo ou uma fraude, a perda para a empresa e para os clientes é muito mais profunda. Por isso, é necessário tomar as medidas certas para proteger a empresa e os clientes de falhas operacionais.
  • Ter cuidado com avaliações retrospectivas de risco de produtos
    Muitos modelos que avaliam os riscos de produtos apoiam-se exclusivamente em medidas de volatilidade histórica. Os wealth managers e clientes devem colocar ênfase no futuro e em indicadores de risco qualitativos para analisar totalmente potenciais resultados.
  • Avaliar a governance de gestão da empresa
    Os modelos tradicionais de gestão são desenhados para proteger os interesses da empresa e dos clientes. Porém, muitos têm falhado neste aspecto devido a recursos limitados, tomadas de decisão que não são adequadas ao ambiente de investimento em mudança, ou modelos operacionais pouco eficientes.

 

Por fim, para controlar os custos:

  • Discutir comissões com os clientes e assegurar que eles recebem aquilo por que pagam
    Alguns clientes preferem investimentos com comissões mais baixas, utilizando produtos que sigam mais os índices. Outros sentem-se mais confortáveis com produtos de gestão activa, com comissões mais elevadas e com maior potencial para alfa. É importante ajudar os clientes a distinguir entre alfa e beta e reservar as comissões mais elevadas para estratégias com potencial para um alfa mais elevado.
  • Recordar que as comissões são sempre relevantes
    Avaliar modelos de negócio, serviços e melhorias que permitam fornecer um serviço e produtos excepcionais, ao mesmo tempo que continuam a reduzir o custo para os clientes.
Ler Mais